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Património Imaterial

Arte-Xávega em Espinho

País: Portugal
Distrito: Aveiro
Concelho: Espinho

Tipo de Património
Património Imaterial
Classificação
Inventário Nacional de Património Imaterial
Descrição

A Arte-Xávega definida pelos pescadores de Espinho é um tipo de pesca tradicional que consiste na utilização de uma rede de cerco envolvente que é lançada ao mar e depois é puxada para terra. A “Arte”, como é designado o conjunto constituído por cordas, alares e saco, é largada do bordo de uma embarcação que deixa um dos cabos da alagem na praia e que, após o lançamento da rede, regressa à praia trazendo o outro cabo de alagem. Depois de ambas as cordas estarem na praia dá-se início à alagem, puxando a rede para a praia e mantendo a boca do saco aberta com recurso à utilização de boias e de pesos. Nos primórdios desta pesca tradicional a alagem era efetuada à mão, posteriormente com tração animal e atualmente por tração mecânica com recurso a tratores a motor.

As atuais dificuldades no contexto de transmissão dos conhecimentos associados a esta prática colocam em risco a sua continuidade. A necessidade de medidas de salvaguarda e sustentabilidade com vista à viabilidade futura da Arte motivou a decisão em inventariar a Arte-Xávega em Espinho no regime de Salvaguarda Urgente. O pedido de registo foi submetido pela Câmara Municipal de Espinho, resultado de um processo de investigação no terreno conduzido em estreita colaboração com a comunidade envolvida.

O Património Cultural, IP aprovou o registo da Arte-Xávega em Espinho no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), em regime de Salvaguarda Urgente, conforme Despacho de 4 de março de 2025 assinado pelo Presidente do Conselho Diretivo, João Soalheiro, e publicado em Diário da República.

Com este procedimento, o Património Cultural, IP reconhece a relevância desta manifestação, destacando a importância da prática enquanto reflexo identitário da comunidade, grupos e indivíduos envolvidos, a relevância da sua dimensão histórica, social e cultural na área territorial em que se insere e o valor acrescido que transporta para o desenvolvimento sustentável nos territórios onde se pratica.

Fonte de informação
Património Cultural, Instituto Público
Data de atualização
28/04/2025

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