Convento fundado em 1576, pelo arcebispo D. Teotónio de Bragança.
Em 1587, possuía como responsável da obra da enfermaria o mestre pedreiro Francisco Lopes.
Em 1663, o edifício foi bastante atingido pela artilharia dos exércitos da Guerra da Restauração, por se encontrar no perímetro militar do Forte de Santo António.
Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, foi vendido em hasta pública. Foram efectuadas obras de grande envergadura para adaptação do edifício a residência de recreio dos morgados Casco e Solis, resultando na perda de alguns valores artísticos e do mausoléu do prelado fundador, do séc. XVII.
Actualmente, pertence à Mitra Eborense, que o destinou a fins escolares e de retiro espiritual, embora preservando o claustro antigo, de dois andares, com pilares graníticos, e a contrafortada igreja, bastante remodelada em 1747, a expensas do arcebispo D. Fr. Miguel de Távora.
A igreja é de ampla nave única, com cobertura em abóbada de meio canhão, com caixotões de forma geométrica. Salienta-se a capela-mor, de planta semi-circular e cimafronte enconchada, composta por valioso retábulo de talha dourada, em estilo barroco e arco-mestre enobrecido por sanefas de talha policroma, neoclássica. O sumptuoso conjunto completa-se com dois altares cruzeiros, dedicados a Nossa Senhora da Conceição e a S. José, também com talha e colunas salomónicas, do séc. XVIII.