Outrora, esta nascente de água fresca era lugar de encontro das mulheres enquanto lavavam a roupa ou aguardavam a vez nas filas para se abastecerem de água. Nos primeiros anos da República, a população queixava-se da falta de um serviço de limpeza na Fonte Pequena, transformada numa lixeira, obrigando muitos moradores a irem abastecer-se à Fonte Grande, localizada a alguns metros.

O local só foi embelezado no final dos anos quarenta, tendo o fontanário, aí já existente, sido encostado ao paredão de suporte ao caminho de acesso à Fonte Grande, as margens da ribeira amuralhadas e aí criado um parque de merendas, com bancos e mesas de pedra.

A partir de 1983 começou a realizar-se uma feira na Fonte Pequena que atraía a multidão com a atuação de diversos grupos musicais e o leilão de ramos e ofertas num palco ao ar livre.

Nos nossos dias este espaço continua a servir de parque de merendas e de convívio, não só para os altenses, como para os visitantes. É também palco de muitos eventos lúdicos, alguns deles associados à Semana Cultural de Alte (Abril).

Junto à Fonte Pequena, num pequeno monumento aí existente, faz-se homenagem ao poeta Cândido Guerreiro. Esta estátua foi inaugurada a 1 de Maio de 1955 e é constituída por dois quadros de azulejos, um com a reprodução de um dos melhores retratos do poeta e outro com um dos seus mais belos sonetos, sobre um rústico bloco de granito.

TINOCO, Teresa, Preservação e valorização do Património Cultural dos Espaços Públicos: A estatuária contemporânea do Concelho de Loulé. Loulé, [s.n.], 2005.

RAPOSO, Isabel, Alte: na roda do tempo. Alte, Casa do Povo, 1995, p. 125-129.