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Outra evocação: o espetáculo dos 100 anos do Teatro Bernardim Ribeiro de Estremoz

Vale a pena evocar aqui os 100 anos de estreia do Teatro Bernardim Ribeiro de Estremoz, ao qual já temos feito referências, mas que merece uma curta alusão neste ano em que se pode celebrar um século exato de reinauguração: pois a estreia ocorreu em 22 de julho de 1922.


Efetivamente, nesse dia, sobe à cena um espetáculo característico da época, pela articulação de um conjunto relevante de fatores e de intervenções artísticas.

Pois de facto o Teatro dá o seu primeiro espetáculo naquela data, numa intervenção à época assinalável a cargo da Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, que já nesse ano se fazia assinalar como modelo e como referência marcante. E pode hoje recordar-se o conjunto de intervenções que marcaram essa estreia descentralizadora e culturalmente relevante.

Assinala-se aliás a relevância que na época assinalou a estreia da sala de espetáculos, decorrido que foi um século, mais dia, menos dia, dessa inauguração. E vale então a pena referir o movimento descentralizador da inauguração desde teatro e a importância também descentralizadora da atividade de Amélia e do grupo teatral que já nessa época, ou sobretudo nessa época era muito importante…

Pois esse espetáculo de estreia inaugurou-se com a apresentação vasta e variada da Companhia em si mesma. E se recordamos a complexidade do espetáculo em si, isso deve-se basicamente ao significado de descentralização cultural que no seu conjunto a programação impôs.

Mas, mais do que isso, a própria inauguração do teatro significou muito na época mas significa ainda hoje pela programação em si e também pela relevância que já nessa época assumia.

Repita-se: em primeiro lugar, pelo investimento e pela descentralização sociocultural da iniciativa, e isto tendo em vista designadamente a importância do espetáculo, o qual ainda comportou a leitura de poemas evocativos de Bernardim Ribeiro, isto, insista-se, repita-se, na inauguração de um teatro com o seu nome… 

E faz-se a propósito uma evocação cultural/teatral.

Com efeito, no espetáculo de inauguração do Teatro, Amélia Rey Colaço recitou um poema dedicado a Bernardim Ribeiro: e salienta-se que Bernardim não é dramaturgo mas em si mesmo, como personagem saliente da cultura portuguesa, merece amplas referências, quanto mais não seja pela sua criação literária.

E finalmente: há que salientar a descentralização cultural envolvida nesta evocação!... A ela voltaremos. 

Duarte Ivo Cruz

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