"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Joana Astolfi e Miguel Justino apresentam: Foi na Loja do Mestre André

A atual oficina do Studio Astolfi  um imenso armazém retangular de 600 m2 na zona de Marvila, Lisboa. Um espaço de trabalho que preserva as suas histórias num cenário vivido. Foi ele que deu o mote e nele surgiram as primeiras conversas sobre projetos e dinâmicas à volta da cultura e das artes. Abrir a oficina com propostas e iniciativas plurais e criativas é um desafio e uma oportunidade. Este é o primeiro passo.

27 Set a 20 Out 2018

Studio Astolfi
Rua Pereira Henriques, 14 - Marvila


A exposição “Foi na Loja do Mestre André” é uma Babel assumida. Um encontro de distintos autores e linguagens, com distintos públicos e olhares. Joana Astolfi e Miguel Justino revelam as suas escolhas e a construção de uma narrativa escrita a 4 mãos. Cada obra, momento e escolha, são espelho, refletem a sua mundividência sobre as artes plásticas. Uma história comum exposta num diálogo crítico, com mais de 20 artistas plásticos, construtivo e de um ecletismo criterioso.

Curadores
Astolfi & Justino aqui se confessam. Gostamos de gostar. É um vício. Gostamos de olhar e a seguir ver. Transportamos uma história comum. Somos do mundo. Amamos o passado e as suas narrativas. Viajamos. Somos daqui e dali. Somos eu. Roubamos sem medo. Somos presente. Memória. Projeção futura. Somos história. Criamos histórias. Partilhamos histórias. Somos um pouco eles. Somos um pouco tu. Somos um ficheiro secreto exposto. Somos nós.

Artistas
Ana Velez | Bruno Castro Santos | Bruno Dias Vieira | Diogo Barros Pires | Francisco Venâncio | Inês D’Orey Inês Norton | Isaque Pinheiro | JAC | Joana Astolfi | Joana Rá | Manuel Caeiro | Mário Rita | Martinho Costa Miguel Navas | Miguel Palma | Olrik Kohlhoff | Pedro Batista | Pedro Duarte Jorge | René Tavares | Rodrigo Oliveira | Tiago Mourão | Tomáz Hipólito | Xana Sousa

Bem vindos a uma oficina de mestres!
As paredes cravadas e rugosas, o ar circundante, com um cheiro entranhado, denotam o passar do tempo e transportam uma narrativa que nos move os sentidos. Este é o primeiro momento da exposição: uma experiência sensorial no espaço, um lugar de encontro e troca. Momento seguinte. O que têm diante dos vossos olhos é uma Guerrilla Exhibition: um coletivo de obras/artistas e um conceito muito simples, alimentado com a cumplicidade da Joana Astolfi. 
Foi na loja do mestre André é uma evidente e despretenciosa alegoria sobre os inputs geracionais, sobre os múltiplos movimentos no tempo, sobre velhos e novos artesãos e as distintas práticas, sobre os processos, sobre a mestria das mãos, sobre as possíveis narrativas do intelecto ao serviço da arte. Mas é sobretudo e acima de qualquer devaneio, uma oportunidade revelada ao vosso olhar, um gozo, uma ficha que vos liga à essência, ao espírito, uma morada criativa e universal.
Se abordarmos esta representação plástica sob o ponto de vista dos três temas centrais da existência: amor, poder e morte, afirmamos que esta exposição assenta no vinco do amor. Estamos sobrelotados de morte e o poder conduz-nos ao vazio. 
Como criadores, como oportunistas, como agregadores de olhares e desejos, é na diversidade, nas distintas pontuações dos discursos e linguagens, na força dos caracteres que as sustêm, que procuramos confluir vozes, ritmos e sonoridades plásticas.

Joana Astolfi (Lisboa,1975), arquiteta, artista plástica, colecionadora e voyeuse. Astolfi licenciou-se em Arquitetura em Inglaterra. Viveu e trabalhou 12 anos fora de Portugal, entre Londres, Munique, Los Angeles e Veneza onde, durante 2 anos, integrou a equipa da Fabrica (Centro de Pesquisa Criativa da Benetton). Em 2009, monta o Studio Astolfi, um atelier com uma equipa de 17 colaboradores agora sedeado em Marvila, Lisboa, que se dedica à reabilitação de espaços, design de interiores, vitrinismo, cenografia, criação de instalações artísticas e conceção de peças de autor. Astolfi trabalha a partir de objetos e imagens que já têm uma história e uma verdade própria e transforma-os, através de um ‘twist’ conceptual, em ‘objets d’art’. Ressuscita objetos ‘doentes’ e esquecidos, dando-lhes nova vida e novo uso. Cada espaço, montra ou peça que cria é única e exclusiva. Astolfi gosta de celebrar o erro. Interessa-lhe o humor que surge através do inesperado e das imperfeições. As suas peças já viajaram o mundo com várias exposições e têm sido adquiridas por diversos colecionadores. Desde 2014 que assume o cargo de designer das montras da Hermès em Portugal. Em 2015 é convidada para criar a ‘Artist Window’ da Hermès no Paseo de Gracia em Barcelona. A sua lista de clientes inclui a Herdade da Comporta, José Avillez, Claus Porto, João Manzarra, André Ópticas, A Padaria Portuguesa (Loja de Autor), São Lourenço do Barrocal, Hermès, L’Oréal, PARK, CUF, Storytailors e Village Underground, para além dos seus clientes privados para quem também produz peças, instalações e espaços custom-made.

Miguel Justino (1970), nasceu e cresceu numa família de pintores. Neto do pintor Artur Justino Alves, companheiro e amigo inseparável de Dominguez Alvarez no grupo “Mais Além”, filho do pintor Justino Alves, licenciou-se na área da comunicação e marketing, tendo desenvolvido uma intensa atividade profissional. Em 2011 é desafiado a abrir uma galeria de arte contemporânea. Surge a Bloco103 e posteriormente a Miguel Justino, Contemporary Art. Ao longo de 5 anos desenvolve mais de 30 exposições, promovendo o diálogo entre autores de distintas gerações. Confrontado com a pergunta: qual o conceito da galeria e do seu olhar, responde com uma visão ecléctica, “a minha educação, feita de uma praxis quotidiana de ateliers, exposições e um convívio permanente com pessoas das artes e cultura, formou-me, deu-me a oportunidade de crescer submerso e submergir numa cultura eclética. Não me permito refugiar em modas, nichos, linguagens ou mercado. Não me interessam os nomes, mas as práticas, a consistência de um percurso. A originalidade é um bem escasso, merece uma avaliação criteriosa, não detém patente nem proprietário. Não me interessam os grupos ou a diferença pela diferença”. Com mais de 40 anos de observação do meio das artes plásticas, Miguel Justino revê-se num espaço aberto: “a contemporaneidade levou-nos ao encontro de uma abertura jamais imaginada, o grande desafio que se coloca aos criadores, para além de habitarem um chão comum e plural, é deterem um discurso autónomo, original, e a capacidade de nos conseguirem fazer surpreender e admirar”.

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