"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Maria Lino apresenta "Lâmina olhar animal"

A mais ampla mostra realizada em Portugal do trabalho de uma artista portuguesa com uma das carreiras mais notáveis fora de portas (viveu mais de 30 anos na Alemanha, onde tem uma parte significativa da sua obra), e que permanece uma razoável desconhecida em Portugal, habitando e trabalhando numa pequena aldeia da Beira Alta - o Feital (Trancoso).

13 Abr a 29 Set 2019

Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida
Largo do Conde de Vila Flor, 7000-804 Évora


Maria Lino traz a Évora a espessura do tempo e a cintilação do olhar. Esta exposição, que que reúne desenhos, esculturas, objetos e material documental, muitos dos quais inéditos, constitui um pretexto feliz e uma oportunidade de dar a conhecer melhor esta artista e as formas como a sua obra - centrada na relação com o lugar, com a natureza -, perscruta as coisas no mundo e o mundo nas coisas. Maria Lino traz a Évora a espessura do tempo e a cintilação do olhar.

O trabalho de escultura, desenho, objetos e algum material documental (escultura em madeira e a pedra (madeira sobretudo) revelam-nos uma artista da ausência, a ausência de Portugal e a ausência dos centros.

Esta exposição no Centro de Arte e Cultura Eugénio de Almeida procura a conhecer melhor a artista e a sua obra. Para além da escultura há lugar também para o desenho e objeto. Espaço ainda para material documental que retrata o percurso de Maria Lino – quer pela Alemanha quer pelo lugar distante dos centros onde decidiu fixar residência em Portugal.

Maria Lino, em Trancoso, implicou-se com o território e o lugar. Deu-lhe protagonismo, centro, substância e vida. E o lugar deixou ser de Maria Lino e passou a ser de muitos outros.

Esta exposição é também o resultado deste lugar, mas vai mais atrás trazendo peças criadas noutros lugares. 

Curadoria de Nuno Faria, Pedro Januário e Diogo Pinto.

Maria Lino
Nascida em 1944, Maria Lino dividiu o seu percurso artístico entre Portugal e a Alemanha, país onde viveu entre 1970 e 1997. Formou-se, respetivamente, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, e na Escola de Belas Artes de Hamburgo.

Natural do Feital, em Trancoso, regressou à sua terra natal em 1997 onde fundou o Atelier Temos Tempo, aí promovendo há cerca de duas décadas o Simpósio Internacional de Arte do Feital, conduzindo sucessivos encontros de artistas de várias gerações, qerações que, vindos de contextos diferentes, ali encontram — e delas se deixam impregnar — a espessura do tempo e a cintilação do lugar, características que o trabalho de Maria Lino convoca e explora.ue vindos de contextos diferentes, ali encontram — e delas se deixam impregnar — a espessura do tempo e a cintilação do lugar, características que o trabalho de Maria Lino convoca e explora.

A exposição que a Fundação Eugénio de Almeida apresenta é uma oportunidade para revisitar e melhor conhecer uma obra lenta e atenta, que perscruta as coisas no mundo e o mundo nas coisas.

Nuno Faria coordena a equipa de curadoria desta exposição.

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Merece primeiro destaque o programa performativo e os seus diversos momentos:

Desde logo no dia 13 de abril, por ocasião da inauguração, uma performance de Beatriz Albuquerque vai dar origem a um desenho, que permanecerá no espaço, envolvendo a artista e os espetadores.

O ciclo Performance como desenho, desenho como performance, decorre durante o mês de maio, sempre às 21h30:

Dia 10 | Sebastião Resende - Digital Matrix Grid | Marta Azparren – Cauterografias

Dia 11 | Rebecca Moradalizadeh - Vestígios de um corpo | Ricardo Guerreiro campos - Corpo-Arquivo

Dia 17 | Jaap Blonk - Vibrant Islands | Fernando Aguiar - Delinear a palavra | Silvestre Pestana - Cor_Dor, 2018

Dia 18 | M. Lohrum - Before this White: Distant Echoes

Dia 25 | Echo Morgan - Sem título | Kimvi Gnouyen - Manueline Rope

Destacam-se, ainda:

- as visitas guiadas à exposição Maria Lino - lâmina olhar animal com os curadores Pedro Januário e Diogo Pinto, e o Diretor Artístico do Centro de Arte e Cultura José Alberto Ferreira nos dias 23 de junho, 7 de julho, e 25 de agosto, respetivamente; e à exposição Studiolo XXI - Desenho e afinidades, com a curadora Fátima Lambert, no dia 11 de agosto;

- as conferências com artistas, que convidam à reflexão, ao debate, à criação e à partilha de conhecimento sobre as temáticas presentes nas exposições; 

- as visitas-jogo para famílias na exposição Studiolo XXI - Desenho e afinidades, no dia 26 de maio; e na exposição Maria Lino - lâmina olhar animal, no dia 8 de setembro, dinamizadas pela equipa do Serviço Educativo;

 - o visionamento de dois documentários sobre a artista Maria Lino, no dia 21 de setembro;

- o Colóquio Studiolo XXI, em setembro, em data a anunciar.

Centro de Arte e Cultura Fundação Eugénio de Almeida
O Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida é um espaço vocacionado para a promoção de ações artísticas e culturais orientado pelo compromisso social e por práticas sustentáveis. Aposta numa programação multidisciplinar, formativa e inclusiva, concretizada através de exposições, com um foco especial na arte contemporânea, assim como na organização de projetos performativos e de programas pedagógicos orientados para a sensibilização e motivação dos diferentes públicos. Está vocacionado para a promoção de ações artísticas e culturais, com um foco especial na arte contemporânea, orientado pelo compromisso social e por práticas, sustentáveis, que aposta numa programação multidisciplinar, formativa e inclusiva.  Está situado num conjunto edificado de elevado valor patrimonial, histórico e artístico da cidade de Évora, que agrega o antigo Palácio da Inquisição e as Casas Pintadas.

Fundação Eugénio de Almeida
A Fundação Eugénio de Almeida é uma Instituição portuguesa de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora. Foi fundada em 1963 pelo Eng.º Vasco Maria Eugénio de Almeida com a missão de promover o desenvolvimento integrado da região de Évora numa perspetiva de valorização do capital humano e da sustentabilidade, através da criação de oportunidades culturais, educativas, sociais e espirituais para as pessoas.

De acordo com os fins que lhe são atribuídos pelos Estatutos, a Fundação promove e dinamiza um conjunto integrado de iniciativas e programas próprios, em exclusivo ou em parceria, e apoia projetos de outras entidades públicas e privadas abrangendo um largo espectro de atividades nos diferentes domínios do seu campo de atuação.

Na prossecução da sua Missão, a Fundação articula meios e recursos com diversos interlocutores nacionais e estrangeiros, por forma a promover o desenvolvimento económico e um maior equilíbrio social da sua comunidade, contribuindo para a redução das consequências da interioridade e das assimetrias regionais.

O crescente reforço da ligação da Fundação a essa mesma comunidade, num espírito de partilha e de serviço, resulta de uma estratégia que tem privilegiado a apresentação de projetos marcados pela qualidade, excelência, inovação e potencial de impacto positivo junto dos seus diversos destinatários.

Horário: de terça a domingo das 10h00 às 18h00
Preço: 2 € (duas exposições)
www.fea.pt

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Em parceria com o Auditório de Espinho, oferecemos convites duplos para o primeiro concerto do Festival Internacional de Música de Espinho, que se realiza no próximo dia 8 de junho (domingo) às 11h30.Findo o passatempo, anunciamos aqui os nomes dos vencedores.

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Em parceria com a Solar – Galeria de Arte Cinemática, oferecemos convites duplos para a sessão de cinema ao ar livre e para a sessão de encerramento da ANIMAR 20, a decorrer no dia 6 de junho, na Solar – Galeria de Arte Cinemática, e no dia 7 de junho, no Teatro Municipal de Vila do Conde, respetivamente. Findo o passatempo, anunciamos aqui os nomes dos vencedores.

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