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Ateliers, Cursos e "Workshops"

O azul índigo – Da planta ao vat de tingimento

O único verdadeiro azul de origem vegetal, o índigo é um pigmento icónico que desafiamos a conhecer. O programa compreende a extração por fermentação em água, a partir de plantas cultivadas pela formadora e a construção de um vat de tingimento orgânico e sustentável. Serão usadas fibras de origem vegetal - algodões e linhos – e cada participante irá criar o seu vat que poderá depois levar para casa.

21 Set a 22 Set 2019

Museu do Oriente
Avenida Brasília | Doca de Alcântara (Norte), 1350-352 Lisboa


Com Alice Bernardo
Horário
 | 21 setembro, 14.00 às 18.00; 22 setembro, 10.00 às 13.00 e 14.00 às 17.00
Preço 180 € | Participantes máx. 12

O Índigo, o único verdadeiro azul de origem vegetal, é um pigmento icónico. As suas origens e as práticas relacionadas com a tinturaria natural utilizando este pigmento estão quase sempre envoltas em mistério e os segredos do ofício de quem domina esta cor nunca são revelados na totalidade, mesmo nos nossos dias.

No âmbito do projeto Saber Fazer, o trabalho de Alice Bernardo com o índigo levou ao cultivo de várias espécies de plantas produtoras de Índigo em Portugal, à extração de pigmento e consequentemente à tinturaria orgânica, nos últimos anos. Toda a investigação e trabalho de campo levado a cabo para dominar estes processos resultou numa aprendizagem tecnicamente fundamentada, mas orientada para a prática.

Nesta oficina dar-se-á especial atenção às técnicas utilizadas para se extrair o pigmento das plantas, e iremos utilizar especificamente o método que era tradicionalmente mais utilizado na Índia - a extração por fermentação em água. As plantas cultivadas pela formadora e utilizadas para o processo são, na verdade, uma espécie utilizada no Japão e, por isso, falaremos também de outros métodos de extração e conversão de índigo praticados noutras culturas no mundo, para que possamos perceber como é que diferentes métodos nos levam ao mesmo resultado e quais as diferenças entre eles.

Esta oficina divide-se em 2 dias e em duas partes. Uma parte é dedicada à produção e extração do pigmento a partir das plantas e a segunda parte, mais extensa, é dedicada ao tingimento. A necessidade de termos plantas frescas para realizar a extração do pigmento no local explica a realização do workshop em setembro.

Começamos por aprender mais sobre este pigmento icónico, algumas das diferentes plantas que o produzem e da sua química, parte essencial para que se possa efetivamente perceber como funciona o índigo e como pode ser manipulado.

Aprenderemos sobre os diferentes tipos de vats de índigo que existem e aprenderemos a montar um vat de tingimento completamente orgânico, uma alternativa sustentável aos vats químicos em que se utilizam substâncias nocivas para o ambiente (como o hidrossulfito de sódio e outros). Falaremos também de outro ponto essencial para um tingimento bem sucedido: a preparação dos tecidos antes do tingimento e sua finalização pós-tingimento.

Cada participante irá criar o seu pequeno vat individual num frasco de vidro que poderá depois levar para casa para trabalhar e esta oficina inclui um Manual de Iniciação ao Tingimento Orgânico com Índigo.

Iremos trabalhar com fibras de origem vegetal, nomeadamente algodões e linhos.
 
Conteúdos da oficina:

  • Introdução ao Azul Índigo: as plantas, o pigmento, a química;
  • Extração de índigo a partir de plantas frescas;
  • Outros métodos de extração e conversão do índigo em diferentes culturas no mundo;
  • Preparação dos tecidos para tingimento com Índigo;
  • O que é um vat e diferentes tipos de vats de Índigo;
  • Criação de um vat de tingimento de Índigo orgânico (sem químicos sintéticos ou tóxicos);
  • Tingir com Índigo;
  • Princípios de manutenção de um vat de Índigo;
  • Tratamento dos tecidos pós-tingimento;  

Alice Bernardo é coordenadora do Saber Fazer, uma iniciativa que desde 2011 se dedica à educação na área das técnicas de produção artesanal e semi-industrial em Portugal. A par da investigação dedicada maioritariamente à produção das fibras têxteis e tintos naturais, tem-se dedicado à disseminação do conhecimento técnico através de programas educativos, que se distinguem por serem estruturados em torno de matérias-primas produzidas in situ, bem como oficinas para o público em geral e publicações.
Desde 2016 que desenvolve trabalho em torno do Índigo, realizando anualmente a extração deste pigmento a partir de plantas cultivadas localmente e utilizando técnicas de tingimento ambientalmente sustentáveis."

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