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Cinema

"Human" de Yann Arthus-Bertrand

Mais de 2 mil entrevistas em 60 países dão vida a este comovente documentário que reflete o que somos e o que queremos, não só como indivíduos, mas como sociedade.

14 Nov 2016  |  20h00

Centro Cultural de Belém
Praça do Império, 1449-003 Lisboa

 

O fotógrafo, realizador e ecologista francês Yann Arthus-Bertrand, mundialmente reconhecido por projetos como o livro de fotografia aérea “La Terre vue du Ciel”, o documentário “Home – O Mundo é a nossa Casa” ou a exposição “7 mil milhões de Outros” estará em Lisboa no próximo dia 14 de novembro para apresentar o seu mais recente trabalho: o filme “Human”, que percorre 60 países com relatos de histórias incríveis sobre temas comuns à natureza humana - o amor, a morte, a família, o medo, a guerra, a injustiça, a felicidade...
“Human” foi o primeiro filme da história a ter estreia mundial no Salão da Assembleia Geral das Nações Unidas (a propósito do 70º aniversário da organização). Em 2015, integrou a seleção oficial da Biennale di Venezia e desde aí tem percorrido o mundo a tentar responder à questão “O que nos torna humanos?”.
Disponível gratuitamente no You Tube, em três volumes de 90’, “Human” já ultrapassou largamente as três milhões de visualizações. Esta será uma oportunidade única para vê-lo em grande ecrã numa sala de Lisboa, na sua versão curta para cinema (143’), sem intervalo e legendada em português do Brasil. 
Após a projeção, haverá um debate entre Yann Arthus-Bertrand e Jorge Braga de Macedo, moderado por Pedro Rebelo de Sousa.

SINOPSE

Mais de duas mil entrevistas dão vida a um documentário que reflete o que somos e o que queremos não apenas como indivíduos, mas como sociedade. Pessoas comuns dizem espontaneamente o que pensam sobre o amor, a morte, o ódio, a discriminação, a desigualdade, a fome, a esperança e o sexo, entre tantos outros, e contam-nos as suas mais genuínas e emocionantes histórias de vida. Entre os entrevistados estão refugiados sírios, trabalhadores fabris, veteranos de guerra norte-americanos, presidiários no corredor da morte, aborígenes, camponeses africanos e tantas outras pessoas das mais diferentes culturas do planeta. Intercalando estes relatos, contados olhos nos olhos e filmados sobre um fundo preto, ‘Human’ apresenta deslumbrantes paisagens aéreas dos mais remotos lugares do mundo, acompanhadas pela banda sonora original de Armand Amar.

NOTA DE INTENÇÕES
“Nos últimos 40 anos, fotografei o planeta numa tentativa de compreender a terra onde vivemos. À medida que a humanidade avança, tenho a sensação de que não estamos a conseguir progredir; ainda não somos capazes de viver em conjunto. E de uma forma naïf, como uma criança, quis colocar esta questão: porquê? Porque é que, geração após geração, continuamos a cometer os mesmos erros? Não procurei respostas em estudos ou estatísticas, mas na própria humanidade. E foi em rostos, olhares e palavras que encontrei as profundezas da alma humana. Não há nada mais forte do que alguém nos olhar diretamente nos olhos e expor a sua alma. Cada novo encontro é um passo à frente. Cada história é única. O facto de poder testemunhar tantas histórias de vida diferentes da minha fez-me pensar: ‘teremos todos o mesmo desejo de amor, liberdade e sucesso? Num mundo dividido entre a tradição e a modernidade, serão as nossas necessidades básicas as mesmas, em todo o lado? No fundo, o que significa, hoje, ser-se humano? Qual é o significado da vida? Será que partilhamos mais valores do que aqueles que imaginamos? E se sim, porque continua a ser tão difícil compreendermo-nos uns aos outros? Quis colocar todas estas questões num projeto que, à primeira vista, parecia um desafio louco e irreal de um utópico. Mas a minha equipa e eu conduzimos todo o trabalho com muita humildade. Ao longo de dois anos, percorremos 60 países e gravámos mais de duas mil entrevistas com pessoas que, pela primeira vez, tiveram alguém que os queria ouvir, alguém a quem contar as suas histórias. Eu sonhava com um filme em que a força das palavras transmitisse a beleza do mundo. E as pessoas falaram-me de tudo… Este filme é o mensageiro de todos os homens e mulheres que me confiaram as suas histórias.” Yann Arthus-Bertrand
“Human” é a primeira longa-metragem produzida por duas fundações sem fins lucrativos: a Fundação GoodPlanet e a Fundação Bettencourt Schueller.

Fundação GoodPlanet Organização não-governamental fundada por Yann Arthus-Bertrand em 2005, com o objetivo de apoiar projetos ecológicos. O foco da sua atuação é a distribuição de documentos pedagógicos e a organização de eventos de sensibilização para a importância do desenvolvimento sustentável.

Fundação Bettencourt Schuller Foi criada em 1987 por Liliane Bettencourt, empresária francesa filha do fundador e principal acionista do grupo L’Oréal. As suas três principais áreas de atuação são as ciências da vida (pesquisa científica, formação e promoção da cultura científica), as artes (artesanato, música e recursos documentais) e o progresso social (empowerment, inclusão e voluntariado). Todos os anos, a fundação premeia e auxilia cerca de 120 projetos.
 
HUMAN” em números
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3 anos de produção
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110 gravações em 60 países
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2.020 entrevistas em 63 línguas
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Mais de 500 horas de gravações aéreas
 
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