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Afro Renaissance volta a transformar o Seixal com um convite à empatia, à memória e à união

“A arte tem o poder de unir o que a história, os preconceitos ou as fronteiras insistem em separar”. É partindo desta premissa que a Afrikanizm Art - Plataforma de Arte Contemporânea Africana apresenta a exposição Afro Renaissance – Entre o Legado e as Transformações.

26 Jul a 9 Ago 2025

Oficina de Artes Manuel Cargaleiro
Avenida da República, 2571 Arrentela 2840-741 Seixal

A inauguração da exposição está agendada para dia 26 de julho (sábado), pelas 17h00, na Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, na Quinta da Fidalga, Seixal.

Num momento global marcado por tensões identitárias, deslocações forçadas e discursos polarizados, a segunda edição da Afro Renaissance propõe um reencontro com as raízes como ponto de partida para uma nova leitura do presente. A exposição apresenta uma experiência sensorial e imersiva, que desafia narrativas únicas e convida à empatia, através de 45 obras de artistas de diferentes gerações e geografias: Adilson Vieira (Angola), Amadeo Carvalho (Cabo Verde), António Ole (Angola), Blackson Afonso (Angola), Casca (Angola), José Zan Tavares (Angola), Lino Damião (Angola), Micaela Zua (Angola), Nelo Teixeira (Angola), Sanjo Lawal (Nigéria), Sapate (Angola), René Tavares (São Tomé e Príncipe) e Uólofe Griot (Angola).

“Esta exposição propõe-se como um espaço intervalar, entre aquilo que herdámos e aquilo que ainda podemos imaginar. Afro Renaissance não é um retorno nem uma repetição: é uma travessia feita de fissuras e de futuros. Atravessamos aqui o tempo e a memória, o gesto e a presença, a imagem e o silêncio. As obras oferecem-se como contra-imagens: gestos visuais que recusam a neutralidade do olhar e desmontam narrativas únicas. Cada criação é um ato de presença – íntimo, coletivo, insurgente –, onde a memória se faz matéria e o corpo se faz linguagem. Não se trata apenas de representar, mas de agir através da imagem, de habitar o simbólico como espaço de reinvenção”, menciona o texto curatorial.

A exposição é promovida em parceria com a galeria This is Not a White Cube e a Câmara Municipal do Seixal. "A envolvência natural da Quinta da Fidalga cria o cenário ideal para um encontro entre passado e futuro, tradição e reinvenção, arte e sociedade. Porque falar de arte africana contemporânea é, também, falar de humanidade, de pertença e de transformação", afirma João Boavida, CEO da Afrikanizm Art e curador da exposição.

Afro Renaissance fica patente na Oficina de Artes Manuel Cargaleiro – projeto arquitetónico da autoria de Siza Vieira que tem por objetivo promover a arte contemporânea – até ao dia 9 de agosto, podendo ser visitada de terça-feira a sábado, das 10h00 às 17h00.

Sobre a Afrikanizm Art

Fundada em agosto de 2021, a Afrikanizm Art é uma plataforma dedicada à promoção e celebração da arte contemporânea africana, conectando artistas, colecionadores e apreciadores de arte de todo o mundo. A sua missão é amplificar as vozes e histórias dos criadores africanos, revelando a riqueza cultural e as narrativas únicas que atravessam o continente e a diáspora. Com o objetivo de democratizar o acesso à arte, valoriza a diversidade e a autenticidade, criando pontes entre culturas e inspirando diálogos que desafiam perceções e promovem um mundo mais inclusivo.

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