"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Música

Músico guineense Kimi Djabaté assinala 25 anos de carreira em Lisboa

O músico guineense Kimi Djabaté assinala 25 anos de carreira em Lisboa, com um espetáculo no próximo dia 18 de outubro, na Voz do Operário.

18 Out 2025

Voz do Operário
Rua da Voz do Operário, 13, 1100-620 Lisboa

O espetáculo, cujo alinhamento assenta nos quatro álbuns de Djabaté, contará com as participações de JP Simões, Márcia e Norberto Lobo, entre outros músicos convidados.

Kimi Djabaté editou os álbuns “Teriké” (2005), Karam” (2009), “Kanamalu” (2016) e “Dindin” (2023).

Sobre este último álbum a revista 'online' PopMatters afirmou ser “uma mistura hipnótica de grooves e balafón”, enquanto o 'blog' World Listening Post destacou a capacidade Kimi Djabaté de “fundir tradição e inovação”.

Djabaté tem colaborado com músicos como Mory Kanté, Waldemar Bastos, Netos de Gumbé e Madonna, que o convidou para participar no tema “Ciao Bella” do seu álbum “Madame X” (2019).

Kimi Djabaté nasceu em Tabato, na Guiné-Bissau, numa família de griot (linhagem de poetas-cantores que conservam a memória e as tradições da África Ocidental).

Aos três anos começou a estudar balafon, instrumento de percussão comum na África subsaariana, precursor do xilofone. A partir dos oito anos, começou a carreira como músico profissional em cerimónias locais.

Em 1994, aos 19 anos, passou a fazer parte da Companhia Nacional de Música e Dança da Guiné-Bissau, com a qual efetuou uma digressão pela Europa, fixando-se depois em Portugal, onde procurou a sua sonoridade, juntando os instrumentos tradicionais a géneros como o gumbé, afrobeat, morna, blues e jazz.

As letras de Kimi Djabaté refletem preocupações com a liberdade, a justiça social, os direitos das mulheres e das crianças, o combate à pobreza e a importância da educação.

"Ao mesmo tempo, exaltam os afetos e a dimensão espiritual da vida, num equilíbrio entre crítica social e celebração da esperança”, afirma a sua produtora, acrescentando, que “esta abordagem lírica é uma extensão natural do seu legado ‘griot’, que combina narrativa, música e intervenção cultural.”

Fonte: Agência LUSA
Agenda
Ver mais eventos

Passatempos

Visitas
110,382,338