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Vemos, Ouvimos e Lemos @ Montijo

VEMOS, OUVIMOS e LEMOS é o nome da rubrica de divulgação e promoção da Biblioteca Municipal do Montijo.


Tomando como mote os versos militantes de Sophia de Mello Breyner, apresenta-se regularmente a documentação que constitui as diversificadas coleções (bibliográficas, audiovisuais, publicações periódicas, iconográficas, manuscritos) da nossa biblioteca.

Pretende-se divulgar obras de autores relevantes, não só portugueses mas também internacionais, e, com um olhar particularmente atento aos autores e temáticas de identidade e história local.

Esta rubrica visa dar a conhecer a diversidade e riqueza documental dos 35 anos de vida da Biblioteca Municipal e a promoção da leitura nas suas mais variadas literacias: cultural, científica, digital e audiovisual.

No âmbito da celebração do 90º aniversário da mudança da denominação Aldeia Galega do Ribatejo para Montijo (6 de Junho de 1930), a Biblioteca Municipal do Montijo propõe-lhe o livro “Coisas da Nossa Terra: breves notícias da Villa de Aldeia Gallega do Riba-Tejo” de José de Sousa Rama (1906) e “Vila do Montijo” de Rui de Mendonça (1956).

Para História fica o explanado no preâmbulo do documento onde se refere que “Considerando que nada há que justifique o actual nome de Aldeia Galega do Ribatejo que tem o referido concelho e vila, ao qual poderá ser atribuído o de Montijo, que melhor condiz com as suas tradições históricas;” e no artigo 1º é decretado que “A vila e concelho de Aldeia Galega do Ribatejo, distrito de Setúbal, passa de ora avante a denominar-se Montijo.”

Esta decisão governamental é o resultado da iniciativa tomada pela Comissão Administrativa, presidida por Carlos Hidalgo de Gomes de Loureiro, da Câmara Municipal de após aprovação em sessão realizada a 5 de Fevereiro de 1930 enviar nessa data ofício dirigido ao Ministro do Interior onde se solicita a mudança do nome da vila e concelho e, simultaneamente, a sua elevação a concelho de 2ª ordem.

Mas esta história tem outras estórias, pois esta aspiração de alteração da denominação da vila e concelho não nasceu há noventa anos. Ela remonta ao século XIX, mais propriamente a 1881, quando em 12 de junho um movimento de 205 indivíduos nascidos e habitantes do concelho, então oficialmente conhecido com “Aldeia Gallega do Riba-Tejo” assina um requerimento, que em 19 de Junho dirigem à Câmara Municipal, no qual pedem que seja restituído o seu antigo nome de Alda.

E aqui entram as estórias à volta das possíveis denominações da nossa terra remetendo-vos para o nosso destaque de hoje em termos de livros das coleções bibliográficas da Biblioteca Municipal, a saber: Coisas da Nossa Terra: breves notícias da Villa de Aldeia Gallega do Ribatejo (1906, com edição fac-similada em 2001) da autoria de José de Sousa Rama e Vila do Montijo (1956) tendo como autor Rui de Mendonça.

Ambas as obras merecem o nosso destaque hoje a propósito da evocação do nonagésimo aniversário da denominação da vila e concelho como Montijo, pois são obras pioneiras naquilo que podemos mencionar como uma possível historiografia local e têm em comum serem fontes privilegiadas para se conhecer as estórias e a história da passagem de uma denominação com séculos de existência para outra com apenas noventa anos.

Na obra de José Sousa Rama (1906) temos o relato na primeira pessoa da criação do movimento de substituição da então denominação a partir do assumir convicto da estória de Alda, a Galega. Cinquenta anos mais tarde Rui de Mendonça (1956) no capítulo I apresenta uma interessante síntese intitulada “ O nome de Aldeia Galega na história, na tradição e na lenda”, onde retoma o que anteriormente foi escrito por José Sousa Rama criticando a sua tese assente na lenda, defende uma versão também efabulada sobre a origem do nome Aldeia Galega (Aldeia Gàlleci, oriunda de gauleses…) e conclui com a verdadeira história: a deliberação e ofício de 5 de Fevereiro e o Decreto de 6 de junho do ano de 1930.

Assim, e recorrendo à História, é de referir que o topónimo “Montijo”, esse sim é anterior à designação Aldeia Galega, e aparece em 1248, como Montigio e localiza-se no lugar, ponta e península do mesmo nome (actual localização da Base Aérea nº 6).

Por fim, a Biblioteca Municipal ao evocar, a data da denominação de Montijo está a cumprir a sua missão de informar e divulgar a história local e, também, valorizar esta efeméride e colocá-la a partir de hoje na agenda da cidade e do concelho como uma marca distintiva da nossa identidade local.

livro COISAS DA NOSSA TERRA livro VILA DO MONTIJO

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