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Espólio da artista Maria Keil vai ser inventariado, depositado num museu e exposto

Maria Keil morreu em 2012. O Ministério da Cultura assinou um protocolo com o filho da artista que vai permitir o depósito do espólio num museu nacional.

Conjunto misto na Avenida Infante Santo, em Lisboa

 

Cruzamo-nos muitas vezes com a obra de Maria Keil sem que nos apercebamos. A artista criou, por exemplo, os painéis de azulejos de várias estações do Metropolitano de Lisboa, como as da Praça de Espanha ou da Avenida de Roma. É também autora de grandes painéis de azulejos espalhados pela cidade de Lisboa ou de ilustrações de livros de autores, como Sophia de Mello Bryner Andresen, Aquilino Ribeiro ou Ilse Losa. Mas a artista criou outras obras e, agora, oito anos depois da sua morte, o seu espólio vai ser tratado.

Em comunicado, o Ministério da Cultura confirma que chegou a acordo com o filho de Maria Keil e do arquiteto Keil do Amaral para o tratamento do espólio da artista. O protocolo assinado com Francisco Keil do Amaral, também conhecido como Pitum, autor do livro “O Zbiriguidófilo e outras histórias”, prevê o tratamento de cerca de duas mil peças de Maria Keil.

O espólio, integra “desde pintura, tapeçaria e correspondência” e, segundo o gabinete de Graça Fonseca, “vai ser inventariado e depositado num museu nacional para investigação e divulgação pública”.

Sem especificar qual será o museu nacional que irá acolher e tratar estes bens, o Ministério da Cultura indica apenas que será uma “instituição museológica nacional da Direção Geral do Património Cultural”.

Além do inventário das obras que “atravessam toda a carreira artística” de Maria Keil, será também feito em paralelo um estudo e investigação destas peças com vista à sua exibição pública.

Com uma carreira multifacetada, a obra de Maria Keil integra “desenho, pintura, azulejo, ilustração, mobiliário e tapeçaria”. Além disto, explica o Ministério da Cultura em comunicado, o espólio contempla “documentação de arquivo e correspondência, cujo conhecimento se revela fundamental para preservação e divulgação do património artístico nacional”.

Haverá uma equipa técnica designada para tratar este legado de Maria Keil. “Cada peça do espólio terá uma ficha informatizada que integrará um conjunto de critérios, desde as denominações/ títulos, descrições ou registos fotográficos”, indica o gabinete da ministra.

O Governo que se manifesta empenhado em “conferir às mulheres artistas a visibilidade e reconhecimento devido pelo seu papel na cultura e história das artes em Portugal”, quer com este espólio realizar “exposições itinerantes, de modo a dar a conhecer a vida e obra de Maria Keil, em articulação com a estratégia para a exibição das obras de arte que integram a Coleção de Arte Contemporânea do Estado”.

Um dos resultados disto será uma grande exposição, a realizar em Bruxelas, no primeiro semestre de 2021, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian e no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia sobre as mulheres artistas portuguesas. Depois de ser apresentada no Bozar, a exposição seguirá, no segundo semestre de 2021, para o Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, na cidade francesa de Tours, no âmbito da “Temporada Cruzada Portugal-França”.

No comunicado, o Ministério da Cultura cita palavras da ministra Graça Fonseca que afirma: “em pleno século XXI ainda nada está consolidado na igualdade de género. É fundamental, por isso, prosseguirmos com iniciativas e programas que invertam, contrariem ou reequilibrarem o histórico apagamento a que as artistas mulheres e as suas produções estiveram desde sempre sujeitas”.


por Maria João Costa, in Renascença | 07 de dezembro de 2020
Notícia no âmbito da parceira Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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