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Antígona e Orfeu Negro voltam a juntar-se para apoiar livrarias independentes

Campanha decorre de 5 a 14 de fevereiro e repete a experiência bem sucedida lançada em abril do ano passado. Desta vez, serão vinte as livrarias a apoiar em todo o país.

Foto de Filipa Fernandez


As editoras Antígona e Orfeu Negro voltaram a juntar-se para uma segunda edição da iniciativa “Adopta uma livraria”, que convida os leitores a encomendarem livros, revertendo 30% do valor das vendas para uma livraria específica, entre vinte escolhidas.

Esta campanha conjunta, criada em abril do ano passado, visa ajudar as livrarias independentes, encerradas e em dificuldades devido à covid-19, através de apoio financeiro resultante de vendas online, uma iniciativa que as duas editoras agora repetem, mas abrangendo o dobro das livrarias que foram incluídas da primeira vez.

“O encerramento obrigatório das livrarias veio agravar a já difícil situação do setor do livro, com particular impacto nas livrarias e editoras independentes. No sentido de alertar os leitores para esta realidade, a Antígona e a Orfeu Negro – duas editoras independentes – unem-se, mais uma vez, para lançar a campanha de vendas online 'Adopta uma livraria’. Este ano, a iniciativa abrange ainda mais livrarias – 10 dias, 20 livrarias”, anunciaram as editoras em comunicado.

A campanha decorre de 5 a 14 de fevereiro e, durante esses dias, quem encomendar livros nos sites da Antígona ou da Orfeu Negro estará a apoiar diretamente uma livraria, já que 30% do valor líquido das suas compras reverterá para a livraria designada para esse dia. Segundo as editoras, os compradores beneficiam ainda da vantagem de ter 10% de desconto sobre o preço de venda ao público (PVP) de cada livro e portes gratuitos.

Cada editora selecionou “as suas 10 livrarias independentes”, de norte a sul do país, ou seja, são 20 livrarias ao todo, e em cada um dos dez dias de campanha vão estar a ser beneficiadas duas livrarias, uma selecionada pela Antígona e outra pela Orfeu Negro. Assim, e por ordem de dias, as livrarias assinaladas pela Antígona são a Escriba (Almada), Palavra de Viajante (Lisboa), 100.ª Página (Braga), Livros da Ria Formosa (Lagos), Fonte de Letras (Évora), Culsete (Setúbal), Linha de Sombra (Lisboa), Ler Devagar (Óbidos), Flâneur (Porto) e Distopia (Lisboa).

Já a Orfeu Negro dá parte do destaque a livrarias dedicadas ao livro ilustrado, tendo escolhido A Tinta dos Nervos (Lisboa), Gigões e Anantes (Aveiro), Salta Folhinhas (Porto), Ler Devagar (Lisboa), Faz de Conto (Coimbra), Palavras de Culto (Amadora), Bruaá (Figueira da Foz), Livros & Cia (Marinha Grande), Aqui Há Gato (Santarém) e Snob (Lisboa).

Grande adesão

A ideia de repetir a iniciativa resultou da adesão que teve a primeira campanha, afirmam as editoras. Segundo a Antígona e a Orfeu Negro, “o sucesso da iniciativa provou duas coisas: a primeira é que os leitores reconhecem a importância das livrarias de bairro, com atendimento personalizado e livros escolhidos a dedo; a segunda é que o ecossistema do livro (das livrarias às editoras, passando por distribuidoras, gráficas, autores, tradutores, designers, e terminando nos leitores) sai fortalecido quando ninguém fica para trás”.

As equipas da Orfeu Negro e da Antígona consideram que “é muito importante que as editoras e as livrarias independentes estejam unidas nesta altura particularmente difícil”. Os impulsionadores da campanha afirmam que este é “um pequeno gesto de resistência”, que sabem à partida ser “insuficiente”. “Mas perante as parcas medidas dos responsáveis políticos, cabe-nos a todos garantir que, ultrapassado este período, regressamos de boa saúde e mais ativas do que nunca”, afirmam.

No dia 15 de janeiro, as livrarias voltaram a encerrar e os espaços que se mantém abertos por venderem bens de primeira necessidade, como os hipermercados, foram proibidos de vender livros, de acordo com as novas medidas de combate à pandemia de covid-19 anunciadas pelo Governo, face ao agravamento da situação epidemiológica no país. A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) discorda da medida, considerando que o livro é um bem de primeira necessidade e que a autorização de venda ao postigo por parte das livrarias não iria agravar a situação pandémica.


por Lusa e Público | 2 de fevereiro de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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