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Prémios AICA/MC/Millennium bcp 2020

A Seção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte atribui, em parceria com o Ministério da Cultura e a Fundação Millennium bcp, um prémio de artes visuais e um prémio de arquitetura, no valor de 10.000,00€ para cada modalidade, em resultado da apreciação de um júri independente, nomeado pela AICA.

Hortus Conclusus, Atelier do Corvo Eduardo Batarda


Ao quinto dia do mês de fevereiro de dois mil e vinte e um, pelas dezassete horas reuniu o Júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2020 por videoconferência. Composto por Luísa Soares de Oliveira, Ana Anacleto, Bárbara Silva e Pedro Baía, e presidido por Sandra Vieira Jürgens, o júri decidiu por unanimidade atribuir:

1. Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2020 de Arquitetura ao Atelier do Corvo, fundado em 1996 por Carlos Antunes (Coimbra, 1969) e Désirée Pedro (Porto Amélia, Moçambique, 1970), assinalando a sua prática singular no campo partilhado entre a arquitetura e as artes plásticas. Um campo onde, muitas vezes, procuram refletir e estruturar o pensamento sobre a noção de espaço e a sua relação com o indivíduo e com a experiência estética.

O percurso de Carlos Antunes e Désirée Pedro, marcado pela direção e programação artística no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e na Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, reflete um questionamento constante em torno da cidade e o território, num confronto produtivo entre a arquitetura, as artes, a cultura e o património. Em 2020, num ano marcado pela pandemia, o Atelier do Corvo destacou-se pela sua capacidade de resistência e urgência experimental. A partir de Miranda do Corvo, “num ato simbólico contra o desânimo e a letargia”, abriram as portas do seu atelier com o lançamento do projeto «Senso. Galeria efémera para dias de clausura», onde expuseram obras de arquitetura e de artistas convidados. Um projeto essencial para que a arquitetura seja divulgada ao público, e entendida como uma disciplina que pode, e deve, ser mostrada não apenas através de obras construídas, mas também de pensamentos, reflexões e relações com outros campos disciplinares onde sempre está inserida. No mesmo ano de 2020, concluíram a obra das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus em Condeixa, com a remodelação e ampliação do edifício Bento Menni e a construção do novo edifício administrativo, num projeto que afirma e consolida o reconhecimento da sua prática projetual.

2. Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2020 de Artes Visuais a Eduardo Batarda, tendo o júri destacado a exposição «Great Moments. Eduardo Batarda nos Anos Setenta» realizada na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, em 2020. O artista que nasceu em 1943 e estudou em Lisboa, na Escola Superior de Belas Artes e, em Londres, no Royal College of Arts até 1974, desenvolveu para além de uma carreira notável de pintor uma atividade distinta de professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Recebeu o Grande Prémio EDP em 2007 e, em 2019, o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso. A exposição referida apresentava uma extensa série de obras com um domínio virtuoso da técnica que servia um discurso crítico, irónico, corrosivo, politicamente engajado, cruzando um conjunto de referentes oriundos tanto dos universos da cultura popular quanto da cultura erudita. O artista tem um extenso currículo de exposições em território nacional e internacional.

Membros do Júri:
Luísa Soares de Oliveira (Crítica de arte e docente universitária)
Ana Anacleto (Curadora)
Bárbara Silva (Arquiteta, curadora e docente universitária)
Pedro Baía (Arquiteto, editor e crítico de arquitetura)
Sandra Vieira Jürgens (Curadora, crítica de arte e docente universitária)

Os Prémios AICA têm reconhecido, desde 1981, artistas e arquitetos portugueses que, pelo seu trabalho e percurso pessoal, realizem uma contribuição de excelência para a cultura e a arte. E que desde início tem contado com o apoio da área governativa da Cultura.

Os Prémios AICA/MC/Millennium bcp 2020 marcam a continuação da parceria com o Ministério da Cultura, a Direção Geral das Artes e a Fundação Millennium bcp.

Sobre a Fundação Millennium bcp:
A atividade da Fundação Millennium bcp, inserida no contexto das políticas de solidariedade social e de mecenato cultural institucional, assume-se como agente de criação de valor na sociedade, nas diversas áreas da sua intervenção. Neste sentido, tem procurado, ao longo do tempo, concentrar os seus recursos no apoio a instituições e organismos de referência e a projetos que apresentem orientação para o acréscimo de eficácia a longo prazo.

BIOGRAFIAS

Eduardo Batarda (Coimbra,1943).
Frequentou a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra durante o período de 1960-63, tendo posteriormente estudado na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1963-1968), onde concluiu o Curso de Pintura e o Curso Complementar de Pintura. Durante os anos de 1968 a 1971 cumpriu o serviço militar obrigatório, após o qual recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para estudar na School of Painting, Faculty of Fine Arts, Royall College of Art, em Londres, onde obteve o diploma de Master of Art of the Royal College of Art em 1974. Entre 1974 e 1975 fez crítica de arte no semanário Sempre Fixe. A partir de 1976 e até 2008 leccionou na Faculdade de Belas Artes do Porto. Em 1986 venceu o prémio “telegráfico” Homeostética, bem como um prémio de aquisição na III Exposição Gulbenkian de Artes Plásticas e em 1987 venceu o 2.º Prémio Amadeo de Souza-Cardoso (ex-aequo com Álvaro Lapa). Realizou em 1994-1996 a decoração mural da estação de metro de Telheiras que viria apenas a inaugurar em 2002. Em 1998 o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian realizou a primeira retrospectiva do seu trabalho. Foi nomeado, em 2001, para o Prémio EDP Pintura e foi-lhe atribuído, em 2007, o Grande Prémio EDP/Arte. No final de 2011 e como parte do Grande Prémio EDP, o Museu de Serralves organizou a maior exposição da sua obra, até à data. Uma nova retrospectiva do artista, organizada por Julião Sarmento, foi apresentada em 2016, no Pavilhão Branco das Galerias Municipais de Lisboa. Em 2019 foi distinguido com o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso.

Atelier do Corvo (1996).
Rossio de Cima, Corvo, Miranda do Corvo
Carlos Antunes (Coimbra, 1969), arquiteto (FAUP, 1995) trabalhou com Paula Santos, Carlos Nuno Lacerda Lopes, João Mendes Ribeiro / José António Bandeirinha. Desde 2008 é professor auxiliar convidado do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra. Diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) e da Bienal de Coimbra. Doutorando em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.
Désirée Pedro (Porto Amélia, Moçambique, 1970), arquiteta (FAUP, 1996) trabalhou com José Bernardo Távora / Fernando Távora e João Mendes Ribeiro / José António Bandeirinha. Vice- Diretora do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) e da Bienal de Coimbra. Desde 2008 é assistente convidada da ESAD de Matosinhos e desde 2013 no Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (DARQ). Doutoranda em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.

Prémios:
Projecto expositivo do Museu da Pedra de Cantanhede, 2000
Menção honrosa APOM 200 
Remodelação do Laboratório Chimico da Universidade de Coimbra, 2001-2005 c/ João Mendes Ribeiro.
Prémio Diogo de Castilho 2007,
Menção honrosa APOM 2007,
Prémio Michelleti 2008,
V Prémio de Arquitectura ENOR Portugal 2009
Concurso “The Grand Egyptian Museum “, Cairo, Egipto, 2002, c/ Nuno Monteiro e Joana Ribeiro
Projecto finalista
Reabilitação da Sociedade de Cerâmica Antiga de Coimbra, 2003-2018 c/ Luísa Bebiano Correia.
Prémio Nuno Teotónio Pereira 2019
Prémio Maria Tereza e Vasco Vilalva - Fundação Gulbenkian 2019
Prémio Diogo de Castilho 2019.
Remodelação e ampliação da Escola Secundária de Pombal, 2008;
Habitar Portugal 2006/2008”
Reabilitação da Torre Sineira e da Cisterna do Antigo Castelo de Miranda do Corvo, 2011-2018
PNAM’19 - Menção Honrosa 

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