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Monica Bellucci traz Maria Callas ao Festival de Almada

Espetáculo encenado por Tom Volf, estreado em Paris em 2019, já está na agenda do CCB, nos dias 10 e 11 de julho. Direção do festival está à espera da evolução da pandemia para anunciar o programa, que irá decorrer de 2 a 25 de julho.

 Maria Callas – Cartas e Memórias vai estar no CCB nos dias 10 e 11 de julho_Tom Volf


O programa completo só vai ser conhecido em meados de junho, a cerca de duas semanas do início da 38.ª edição, mas sabe-se já que um dos momentos fortes do Festival de Teatro de Almada deste ano será a apresentação do espetáculo em que Monica Bellucci dá voz àquela que foi a voz maior do bel canto do século XX, Maria Callas (1923-1977).

A “indiscrição”, digamos assim, partiu do Centro Cultural de Belém (CCB), que colocou já no seu calendário de atividades a apresentação de Maria Callas – Cartas e Memórias, de Tom Volf, com Monica Bellucci nos dias 10 e 11 de julho, às 19h00 (e com bilhetes já à venda).

Confirmando ao PÚBLICO a inclusão deste espetáculo no programa, Rodrigo Francisco, o diretor do certame, avançou que ele será uma da dezena de produções internacionais, quase metade das que irão fazer o calendário do 38.º Festival de Almada. Mas mantém ainda reserva quanto a levantar o véu sobre a restante programação.

“Estamos a fazer um compasso de espera, e estamos atentos à evolução da situação da pandemia, que está a ser positiva”, diz Rodrigo Francisco a justificar o atraso no anúncio do cartaz. “Só o iremos divulgar quando tivermos tudo confirmado”, acrescenta, argumentando com a (ainda) incerteza relativamente às regras de circulação entre fronteiras para as datas do festival.

Seguro é que ele irá realizar-se entre os dias 2 e 25 de julho, e irá manter o figurino da edição do ano passado: mais distendido no tempo, com um maior número de sessões do que era habitual, para compensar a diminuição da lotação das salas, e com espetáculos entre as salas de Almada e os palcos do CCB e do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII), em Lisboa.

Mas Maria Callas – Cartas e Memórias será, de facto, uma das apostas para o retomar da “dimensão internacional” que tem sido a marca do festival, nota o diretor.

Estreia em Paris em 2019

Este espectáculo marca a estreia em palco de Monica Bellucci, a atriz italiana que tem sido um dos rostos mais marcantes do cinema (e não apenas europeu) das últimas três décadas, principalmente desde Malena (Giuseppe Tornatore, 2000), e passando depois por filmes como Irreversível (Gaspar Noé, 2002), Matrix (Lana e Lilly Wachowski, 2003) ou o título da saga 007 Spectre (Sam Mendes, 2015).

Maria Callas – Cartas e Memórias foi estreado em Paris, no Studio Marigny, em novembro de 2019, e conclui o projeto a que o cineasta, fotógrafo, encenador e curador Tom Volf dedicou sete anos da sua vida, e que resultaram também num documentário (2017), uma exposição e um livro, tudo em volta da diva grega.

Na versão teatral que agora chegará a Portugal depois de ter sido já apresentada em Itália, numa carreira entretanto igualmente interrompida pela pandemia , Monica Bellucci veste um vestido que pertenceu a Callas e senta-se numa réplica do seu sofá no apartamento parisiense onde viveu os seus últimos 15 anos. A atriz italiana dá aqui voz às memórias e ao pensamento da soprano, entrecortados pela audição de algumas das suas gravações mais notáveis num gramofone instalado ao lado do sofá.

Maria Callas – Cartas e Memórias constituirá, pois, uma das apostas no regresso à dimensão mais internacional e cosmopolita do Festival de Almada, que irá apresentar uma co-produção com o TNDMII e “um dos criadores mais consagrados do teatro europeu”, cujo nome Rodrigo Francisco não quis ainda revelar, pelas razões atrás invocadas.

No resto, a 38.ª edição do festival irá ser também marcada pela celebração do 50.º aniversário da Companhia de Teatro de Almada, com a estreia de duas novas criações, a revelar mais tarde, e um programa de encontros na Casa da Cerca com figuras que de uma forma ou outra estiveram ligadas à essa história e ao mundo do teatro.

O diretor do festival avança, contudo, que “o espetáculo de honra” da próxima edição, que resulta da votação do público na anterior, será a produção catalã Rebota Rebota y en tu Cara Explota, da companhia Agnès Mateus e Quim Tarrida, de Barcelona.


por Sérgio C. Andrade in Público | 9 de maio de 2021
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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