"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Teatro

Mais um dramaturgo a evocar: João de Castro Osório

Temos aqui feito evocações sucessivas de dramaturgos que de uma forma ou de outra foram “preenchendo” o teatro português dos séculos XX/XXI. 


E nessa sucessão de referências, é de assinalar que muitos deles estão hoje pelo menos como tal esquecidos: e isto, mesmo em casos de relevância teatral, sendo certo que em muitos, para não dizer a maioria, a criatividade dramatúrgica está hoje, ou sempre esteve mais ou menos esquecida…

E será o caso de João de Castro Osório (1899-1970), autor de um conjunto de peças de teatro que vale a pena evocar, não obstante a menor relevância na sua obra literária: situação em que se perfila com numerosos escritores da sua geração, não obstante, insista-se, a qualidade dessa criação teatral.

Na “História do Teatro Português” que escrevi e aqui tenho citado, dedico a João de Castro Osório uma referência em si mesmo considerável, tendo em vista a relevância qualitativa das suas criações dramatúrgicas, e sendo certo que hoje a obra de João de Castro Osório é pouco lembrada na sua componente de teatro: e no entanto, merece largamente a evocação.

Aí cito desde logo o conjunto mais relevante das peças publicadas: “A Horda”, “O Clamor”, “A Trilogia de Édipo”, “A Tetralogia do Príncipe Imaginário”, “O Batismo de Dom Quixote”, “Trilogia de Troia”.

Um conjunto significativo de peças, que situam a criatividade do autor numa sequência significativa desde logo pela qualidade cénica e literária, mas também pelo relevo que esta obra, no seu conjunto, alcança e mantém.

A partir de Castro Osório mas generalizando obviamente a análise, destaca-se a convergência de fatores em si mesmo relevantes: pois, como se refere, a poesia dominante é poesia dramática, isto é, cena, dinâmica, espetáculo e cultura, aí correspondendo uma relacionação de patrimónios espirituais que em linha reta se ligam com a harmonia do classicismo.

Remetemos pois para a leitura e análise da obra de João de Castro Osório, que merece toda a distinção. E voltaremos ao tema. 

Duarte Ivo Cruz

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