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O Festival literário Lisboa 5L aliou-se nesta edição à Temporada Cruzada Portugal-França

Várias das sessões da terceira edição do Festival Lisboa 5L terão como convidados escritores franceses em diálogo com escritores portugueses, entre elas as sessões com Leila Slimani e a romancista Dulce Maria Cardoso ou a conversa entre Jean-Pierre Siméon e o poeta Nuno Júdice.


As escritoras Leila Slimani, a franco-marroquina que atualmente vive em Lisboa, e a portuguesa Dulce Maria Cardoso, que cresceu em Luanda, estarão à conversa com a tradutora e também escritora Tânia Ganho sobre “o silêncio e a escrita”, esta quarta-feira, às 18h30, no Teatro São Luiz, em Lisboa. Esta sessão, que parte do livro O Perfume das Flores à Noite (ed. Alfaguara), onde Leila Slimani reflete sobre a criação literária, é a primeira mesa de autor do 5L- Festival Internacional Literatura e Língua Portuguesa depois da abertura oficial às 17h30 no mesmo teatro. A entrada é livre, mas sujeita à lotação do espaço.

Esta edição do 5L, a primeira sem restrições pandémicas, que vai prolongar-se até dia 8 de maio, com debates, concertos, performances, sessões de cinema e lançamentos de livros, entre outras atividades. Pelo terceiro ano, o festival organizado pela Câmara Municipal de Lisboa, com um orçamento de cerca de 200 mil euros, tem direção artística do curador e livreiro José Pinho no seu último ano de contrato. Por sua iniciativa, o festival aliou-se nesta edição à Temporada Cruzada Portugal-França 2022 e por isso convidaram para o 5L autores franceses que irão ter conversas com autores portugueses. Esta é uma das novidades deste ano. Além da sessão de abertura com Leila Slimani, realiza-se na quinta-feira, às 17h30, no Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, a sessão “P. de poesia”, que juntará o poeta francês Jean-Pierre Siméon com o poeta português Nuno Júdice. O principal tema da conversa será o ensaio A Vitamina P: a Poesia, porquê, para quem, como? (editora Trinta por uma linha), sobre as razões para a nossa verdadeira necessidade de poetas e de poesia, escrito pelo convidado que em 1986 criou a Semaine de la poésie em Clermont-Ferrand e é também diretor da coleção Poésie da Gallimard.

Mais cedo, às 16h, mas no Teatro São Luiz, a poeta Laurine Rousselet, que edita os Cahiers de l’Approche, um folheto trimestral bilingue de poesia, onde já surgiram publicados poemas de Filipa Leal, irá conversar com esta portuguesa e a moderação será do académico Fernando Cabral Martins. Também o escritor francês Laurent Petitmangin, recentemente distinguido com o Prémio Femina dos Estudantes pelo seu primeiro romance, Quando a Noite Cai (Bertrand Editora), que fala sobre a frágil relação pai-filho e os choques geracionais entre um filho que segue o caminho da extrema-direita e um pai socialista, estará no Foyer do Teatro Nacional de São Carlos, sexta-feira, às 21h, a conversar com o jornalista João Paulo Sacadura.

Uma programação variada, foi o que José Pinho tentou fazer, em todas as áreas. “Ir variando”, ano após ano os convidados, e “ir dando a conhecer no meio de alguns mais conhecidos, outros que são menos conhecidos ou até desconhecidos do grande público” foi sempre o objetivo, conta o curador ao PÚBLICO. Um dos requisitos do festival é que a sua programação ande à volta dos cinco L- “Língua, Literatura, Livros, Livrarias, Leitura” - e que ocupe o máximo de espaços na cidade de Lisboa. A entrada nos ciclos de cinema e nos concertos é paga, embora a maior parte das iniciativas sejam gratuitas.

O angolano José Eduardo Agualusa é o convidado da sessão da noite de abertura (21h, no Teatro São Luiz), onde falará sobre os temas do seu mais recente livro de crónicas O Mais Belo Fim do Mundo (ed. Quetzal) com o jornalista e editor brasileiro Paulo Werneck, diretor da revista literária quatro cinco um. O escritor cubano Leonardo Padura, que criou o detetive Mario Conde, conversará com o jornalista e escritor espanhol José Manuel Fajardo sobre literatura policial (quinta-feira, 19h, Teatro São Luiz) e a escritora Anne Weber vem a Lisboa falar com o escritor norte-americano naturalizado português Richard Zimler, sobre o livro Annette, Epopeia de Uma Heroína (Dom Quixote), pelo qual recebeu o Prémio do Livro Alemão 2020, que narra episódios da vida da médica francesa Anne Beaumanoir (sábado, 7 de maio, às 18h, no Teatro São Luiz).

E a escritora angolana e portuguesa Yara Monteiro, autora de Essa dama bate bué, e o escritor e músico de Cabo Verde Mário Lúcio Sousa, autor do Manifesto a Crioulização, debatem numa mesa coordenada por Catarina Martins, especialista em estudos pós-coloniais e estudos feministas, a consciência afrodescendente e a redescoberta da herança africana na literatura em língua portuguesa (quinta-feira, às 16h, no Foyer do Teatro Nacional de São Carlos). O festival irá ainda celebrar o centenário do nascimento das escritoras Salette Tavares e Maria Judite de Carvalho. Mas há muito mais na programação do 5L.

>> Site oficial


por Isabel Coutinho in Público | 3 de maio de 2022
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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