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Dissidentes iranianos nos projetores da Berlinale

O Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale) vai este ano dar destaque aos recentes protestos no Irão com a difusão de numerosos filmes de cineastas dissidentes.  

Cerca de seis meses após o início da contestação contra o regime de Teerão, o festival berlinense pretende “dar voz às pessoas do Irão” na sua 73.ª edição, disse hoje à agência noticiosa AFP a codiretora, Mariette Rissenbeek.

Com o ‘slogan’ “Jin, Jiyan, Azadi" (mulheres, vida, liberdade), escrito em enormes letras verdes e azuis no ecrã da Berlinale, cerca de 50 cineastas, autores e atores iranianos no exílio, onde se incluíam as atrizes Golshifteh Farahani e Zar Amir Ebrahimi que vivem em França, exibiram cartazes que apelavam à libertação dos contestatários detidos.

“Numa ditadura como o Irão, a arte (…) é alguma coisa de essencial, é como o oxigénio”, declarou na quinta-feira Golshifteh Farahani, este ano membro do júri no festival.

Por sua vez, Zar Amir Ebrahimi desempenha um papel central em dois documentários que vão ser apresentados sobre a dissidência iraniana.

Em “Sete invernos em Teerão”, da alemã Steffi Niederzoll, empresta a sua voz a Reyhaney Jabarri, que se tornou no símbolo da luta pelos direitos das mulheres no Irão.

Condenada à morte pela morte de um homem que acusou de agressão sexual quando tinha 19 anos, foi executada por enforcamento em 2014.

A partir de filmagens clandestinas, registos telefónicos e do diário que escreveu na prisão entre 2007 e 2014, o filme relata o vão combate da sua família para a salvar.

Zar Amir Ebrahimi, que deixou o seu país após a difusão de um vídeo íntimo que descreve humilhações e escândalos, é “vítima desse sistema patriarcal iraniano, como era Reyhaney Jabarri”, considerou a realizadora alemã em entrevista à AFP.

Entre as restantes obras de cineastas iranianos que vão ser exibidos em Berlim inclui-se o filme de animação “A Sirene”, realizado por Sepideh Farsi. Relata a história de Omid, um adolescente de 14 anos que permaneceu com o seu avô em Abadan, capital da indústria iraniana do petróleo, cercada pelo Exército iraquiano em 1980 no início da guerra Irão-Iraque. 

“Foi uma viragem na história do Irão, tal como assistimos a uma viragem com a atual ‘revolução’”, declarou Sepideh Farsi durante uma conferência de imprensa em Berlim.

No passado, a Berlinale concedeu a sua mais alta distinção, o Urso de Ouro, a diversos nomes grandes do cinema iraniano, incluindo Asghar Farhadi (“Uma separação”), Jafar Panahi (“Táxi”) e Mohammad Rasoulof (“O Mal não Existe”).


Fonte: Lusa | 18 de fevereiro de 2023

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