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Encontros da Imagem de regresso com mais de 350 artistas e exposições de fotografia
Sob o mote "Manifestação de Interesse", a 35ª edição dos Encontros da Imagem reúne 24 curadores e mais de 350 artistas

Os Encontros da Imagem - Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais regressam de 18 de setembro a 2 de novembro de 2025, com a participação de mais de 350 artistas e 24 curadores a integrar esta edição.
Sob o mote "Manifestação de Interesse" e com a direção artística de Vítor Nieves, o programa apresenta-se em três eixos curatoriais principais: Argumentários, Dissidências, e Transições.
A 35.ª edição do festival propõe uma programação diversificada, que inclui exposições de artistas nacionais e internacionais, prémios, residências artísticas e atividades paralelas no âmbito do serviço educativo — como conversas, ciclo de cinema e leitura de portfólios —, com especial destaque para o programa Horizontes.
A fotografia mantém-se como eixo central do festival, mas o programa expande-se a outras linguagens contemporâneas, integrando cinema, performance, instalação e vídeo-arte, numa celebração das múltiplas formas de expressão visual da atualidade.

Argumentários com a curadoria de Manuel Sendón, Xosé Lois Suárez Canal e Xosé Lois Vásquez, Rita Castro Neves e Daniel Moreira, Rui Prata, Vítor Nieves, apresenta trabalhos de artistas como Adriana Freire, André Cepeda, António Catarino, António Júlio Duarte, Antoine D’Agata, Augusto Brázio, Carlos Barradas, Céu Guarda, Colectivo Barda, Fábio Cunha, Frederic Bellay, Gonçalo Delgado, Graça Sarsfield, Hans van der Meer, Hugo Delgado, Jim Dow, João Louro, João Tabarra, José Maçãs de Carvalho, José Manuel Rodrigues, Lara Jacinto, Luc Choquer, Luís Mendes Santos, Luís Palma, Luísa Ferreira, Manuel Miranda, Maria Oliveira, Mariana Viegas, Marie-Paul Nègre, Mariano Piçarra, Marta Pinto Machado, Martin Parr, Miguel Meira, Olivia Silva, Patrícia Almeida, Paul Reas, Pauliana Valente Pimentel, Paulo Catrica, Pedro Letria, Rui Palma, Rui Pires, Sheila Brannigan, Valter Vinagre, Vari Caramés.
Este núcleo mergulha na história do festival, valorizando memórias e narrativas pouco visíveis, reforçando a sua identidade e continuidade.
Entre as exposições centrais destaca-se “40 anos de festivais. Uma possível história da fotografia luso-galaica”, que revisita três eventos marcantes — Outono Fotográfico, Fotobienal de Vigo e Encontros da Imagem — com curadoria dos respetivos fundadores, sublinhando as identidades de cada um e as colaborações transfronteiriças.
Dissidências conta com a curadoria de Elina Heikka, José Bacelar e Vítor Nieves e reúne trabalhos de Bruno Silva, David Catá, Eunice Pais, Helena Almeida & Inês Moura, Hugo Brito, José Crúzio & Vari Caramés, Mide Plácido, Patrícia Almeida & JG Ballard, Philipe Gabriel.
Propõe uma leitura ampla e inclusiva da fotografia, das abordagens históricas às práticas mais emergentes, destacando artistas que desafiam convenções e expandem os limites do medium.
Destaque para exposições que propõem diálogos improváveis entre gerações: artistas da primeira geração que entraram no sistema da arte confrontam-se com autores de carreira intermédia — por exemplo, Helena Almeida com Inês Moura, Vari Caramés com José Crúzio, Paulo Nozolino com Bruno Silva — ou com encontros surpreendentemente fluidos, como Patrícia Almeida & JG Ballard.
Transições, por sua vez, conta com a curadoria de Daniel Bastos e Vítor Nieves, e inclui trabalhos dos artistas Bruno Saavedra, Cris P. Lareo, Deebo Barreiro, Gérald Bloncourt, Gil Raro, Inês Brochado, Javier Clemente Martínez, João Salgueiro Baptista, Marta Pinto Machado, Miguel De, Polly Hummel, Rita Puig-Serra Costa, Roberto de la Torre & Máscaras, Sergio Marey, Yun Ping Li.
O núcleo centra-se nas relações territoriais e nas identidades divergentes do contexto local e regional, com destaque para as chamadas “novas ruralidades” e para o diálogo entre arte, comunidade e ambiente.
Destacam-se duas exposições: “A emigração portuguesa a salto”, com curadoria de Daniel Bastos e fotografias de Gérald Bloncourt, recuperando a tradição do festival de expor fotografia histórica e evocando a memória coletiva da emigração portuguesa. E “Às paredes confesso” parte do universo do fado para projetar no espaço questões íntimas e pessoais, transformando experiências individuais em discurso político e revelando a forma como o privado se entrelaça com o social e o cultural.

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