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Festivais

Festa do Jazz 2025

Está de regresso a Festa do Jazz, para a sua 23.ª edição, entre 19 a 21 de dezembro no Centro Cultural de Belém, e uma programação com estreias em palco e em Portugal, e primeiras apresentações de obras discográficas, e que junta artistas, agentes e escolas de jazz de todo o país, promovido pela Sons da Lusofonia.

19 Dez a 21 Dez 2025

Centro Cultural de Belém
Praça do Império, 1449-003 Lisboa
O primeiro dia deste grande ponto de encontro do jazz em Portugal junta dois dos mais internacionais nomes do jazz português numa estreia em palco: João Barradas e Sara Serpa Quarteto, ambos anteriores vencedores do Encontro Nacional de Escolas (ENE) e dos Prémios RTP / Festa do Jazz.

A apresentação de uma proposta inédita por dois dos vencedores do Encontro Nacional de Escolas, passados quase 20 anos de ganharem a cobiçada menção, celebra a construção de comunidade que tem sido sedimentada pela Festa do Jazz e destaca o papel do Encontro Nacional de Escolas na descoberta e lançamento dos melhores músicos de jazz portugueses.

A Jazzopa, oficina de criação colaborativa e de performance para as sonoridades do jazz, hip-hop e spoken word inaugura o segundo dia do festival, no que é a derradeira apresentação ao vivo, neste ano, deste projecto de capacitação da Sons da Lusofonia, seguindo-se o primeiro concerto de apresentação de "Troubles" de Mateus Saldanha Quartet, o primeiro disco de composições do guitarrista com influência na tradição e nas raízes do jazz, swing o be-bop, que é acompanhado por Hugo Lobo (piano), Carlos Barreto (contrabaixo) e Gabriel Moraes (bateria).

À noite, o galardoado compositor francês Robinson Khoury apresenta o seu trio MŸA, que explora ritmos e sons ancestrais inspirados no Mediterrâneo, através de paisagens electroacústicas moldadas pelo seu sintetizador modular. Com raízes no jazz e em escalas das regiões árabes, MŸA gira em torno das vozes sem palavras dos membros da banda.

A fechar a segunda noite do festival Brian Jackson, nesta sua segunda visita a Portugal, sobe ao Pequeno Auditório do CCB. O multi-instrumentista e parceiro musical do malogrado poeta Gil Scott-Heron — começando como seu braço-direito no lendário Pieces of a Man ou The Revolution Will Not Be Televised — é considerado um dos primeiros progenitores do género musical "conscious music" (música politizada) que se inspira no jazz, no blues e na soul, e que nesta passagem por Lisboa se faz acompanhar por uma banda local constituída por músicos que têm colaborado com a Sons da Lusofonia ao longo dos últimos anos.

O terceiro e último dia da Festa do Jazz abre com Analogik quarteto fundado em 2023 pelo contrabaixista Zé Almeida, com Mariana Dionísio (voz), Adèle Viret (violoncelo) e Samuel Ber (bateria) que explora a arte do contraponto, da liberdade e da abstracção rítmica, e que imagina universos que são tão facilmente criados como destruídos.

Já as Hilde estreiam-se em Portugal na última tarde do festival, aliando a invenção sonora abstrata à graça tradicional das músicas europeias. Este quarteto alemão usa a improvisação como expressão de liberdade que não exclui nada e permite tudo, e tem como base desta unidade intuitiva uma fiabilidade benevolente raramente vivida nesta inquebrantabilidade.

A última noite da Festa do Jazz faz-se de talento português: o contrabaixista André Carvalho apresenta pela primeira vez em Lisboa o disco Of Fragility and Impermanence, numa parceria com o Guimarães Jazz, com um quinteto que inclui José Soares (saxofone), Raquel Reis (violoncelo), Samuel Gapp (piano) e João Hasselberg (electrónica), um álbum de sons que habitam os limiares da percepção, carregados de carácter, e que ressoam com a beleza do delicado.

A Ensemble Festa do Jazz volta a encerrar a programação do Pequeno Auditório, este ano com a percussionista Sofia Borges aos comandos, que apresentará um novo conjunto de diferentes módulos que podem ser sobrepostos e/ou justapostos e exploram distintas técnicas de representação e notação sonora — desde partituras gráficas e notação tradicional, passando por partituras de instruções verbais.

O Encontro Nacional de Escolas este ano acontece na sala Luís de Freitas Branco, nas tardes de Sábado, 20, e Domingo, 21, entre as 14h00 e as 17h30 e tem como objectivo principal dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelas Escolas de Jazz nacionais que se dedicam ao ensino desta expressão musical, através de apresentações ao vivo de combos compostos pelos seus alunos/as.
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