Destaques
Nobel da Literatura atribuído ao húngaro László Krasznahorkai
Escritor distinguido “pela sua obra marcante e visionária que, no meio do terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”.

O romancista húngaro László Krasznahorkai é o vencedor do Prémio Nobel da Literatura de 2025. O prémio é atribuído ao escritor de 71 anos “pela sua obra marcante e visionária que, no meio do terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”, justifica a Academia Sueca.
O autor, nascido a 5 de janeiro de 1954 em Gyula, no sudeste da Hungria, junto à fronteira com a Roménia, escreve em húngaro e publicou o primeiro romance, Sátántangó, em 1985, um livro descrito como "um fenómeno literário na Hungria e o trabalho mais marcante do autor".
“O romance retrata, em termos fortemente sugestivos, um grupo destituído de moradores de uma quinta coletiva abandonada no interior da Hungria, pouco antes da queda do comunismo”, descreve a Academia Sueca.
PRÉMIOS NOBEL 2025
• PRÉMIO NOBEL DA QUÍMICA
SUSUMU KITAGAWA, RICHARD ROBSON E OMAR M. YAGHI
O prémio Nobel da Química foi atribuído a Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi “pelo desenvolvimento de estruturas metal-orgânicas”.
"Criaram construções moleculares com grandes espaços por onde podem fluir gases e outros produtos químicos. Estas construções, estruturas metal-orgânicas, podem ser utilizadas para recolher água do ar do deserto, capturar dióxido de carbono, armazenar gases tóxicos ou catalisar reações químicas", explica o Comité do Nobel. "Através do desenvolvimento de estruturas metal-orgânicas, os laureados proporcionaram aos químicos novas oportunidades para resolver alguns dos desafios que enfrentamos", acrescenta.
JOHN CLARKE, MICHEL H. DEVORET E JOHN M. MARTINIS

O prémio Nobel da Física foi atribuído a John Clarke, Michel H. Devoret e John M. Martinis “pela descoberta do tunelamento mecânico quântico macroscópico e da quantização de energia num circuito elétrico”.
O comité do Nobel explica que "uma questão importante em física é o tamanho máximo de um sistema capaz de demonstrar efeitos da mecânica quântica" e que os laureados deste ano "realizaram experiências com um circuito elétrico no qual demonstraram tanto o tunelamento quântico como os níveis de energia quantizados num sistema suficientemente grande para ser segurado na mão".
A investigação dos três laureados proporcionou, segundo o comité Nobel, "oportunidades para o desenvolvimento da próxima geração de tecnologia quântica, incluindo a criptografia quântica, os computadores quânticos e os sensores quânticos".
Este é o segundo prémio atribuído este ano, numa sequência que se iniciou na segunda-feira, com a distinção de Mary E. Brunkow (do Instituto de Biologia de Sistemas, Seattle, EUA), Fred Ramsdell (consultor científico na empresa Sonoma Therapeutics, EUA) e Shimon Sakaguchi (da universidade de Osaka, Japão) com o Nobel da Medicina e Fisiologia pelo trabalho desenvolvido relacionado com a tolerância imunológica periférica.
• PRÉMIO NOBEL DA MEDICINA
MARY E. BRUNKOW, FRED RAMSDELL E SHIMON SAKAGUCHI

O prémio Nobel da Medicina foi atribuído a Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi “pelas suas descobertas sobre a tolerância imunológica periférica”.
"Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi fizeram descobertas inovadoras sobre a tolerância imunitária periférica, que impede o sistema imunitário de causar danos ao organismo", diz o comité do Nobel. "As suas descobertas lançaram as bases para um novo campo de investigação e estimularam o desenvolvimento de novos tratamentos, por exemplo, para o cancro e doenças autoimunes", realça.
Com este anúncio deu-se início à temporada 2025 dos prémios Nobel, estando também previstos para esta semana a divulgação dos vencedores nas categorias de Física, Química, Literatura e Paz.
O anúncio da última categoria, Economia (Ciências Económicas), só irá acontecer no início da próxima semana, no dia 13.
Fonte: Diário de Notícias
data da morte do fundador do prémio, Alfred Nobel, em 1896.