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Projeto: MNAA ESTÁ AQUI/MNAA IS HERE
O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) abriga coleções de referência, que tem vindo desde sempre a partilhar com outras instituições nacionais.
No âmbito do encerramento do MNAA, devido às obras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Museu apresenta o projeto «MNAA ESTÁ AQUI/MNAA IS HERE» com o objetivo de dar a conhecer as inúmeras peças do seu acervo depositadas em várias instituições museológicas por todo o território nacional, de norte a sul, assim como nos arquipélagos dos Açores e da Madeira e Porto Santo.
No âmbito do encerramento do MNAA para o início das obras do Recuperar Portugal: Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Museu apresenta o projeto «MNAA ESTÁ AQUI/IS HERE» com o objetivo de dar a conhecer os inúmeros depósitos de peças do seu acervo em várias instituições museológicas por todo o território nacional, de norte a sul, assim como pelos arquipélagos dos Açores e da Madeira e Porto Santo.
Segundo Maria de Jesus Monge, diretora do MNAA, «esta proposta de dar visibilidade aos depósitos do MNAA teve, desde o primeiro momento, uma excelente aceitação da parte das instituições», pois, acrescenta «este momento é uma oportunidade para relembrar o público que o MNAA, através da presença continuada que estes depósitos demonstram, está presente um pouco por todo o país e que todos podem continuar a usufruir as coleções do Museu durante o encerramento».
Instituição centenária, o MNAA tem à sua guarda cerca de 40.000 peças, que tem vindo desde sempre a partilhar com outras instituições nacionais. Algumas destas obras de arte encontram-se depositadas em instituições museológicas do território continental como o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, no Museu de Aveiro, no Museu de Leiria, no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, no Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, no Crato, na Igreja de Santiago do Castelo, Palmela, ou no Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, em Vila Viçosa. Mas também na ilha Terceira, do arquipélago dos Açores, no Museu de Angra do Heroísmo e no Palácio de São Lourenço, no Funchal (ilha da Madeira).
Deve ser assinalada a diversidade de propostas no âmbito destas ações de colaboração. No Museu do Abade de Baçal, em Bragança, apresenta-se uma exposição, «Olhar Portugal. A partir das coleções do MNAA», que pretende mostrar a diacronia da arte portuguesa entre os séculos XII e XIX, partindo de uma seleção criteriosa de obras das nossas coleções (14.11.2025-4.04.2026). São igualmente ambiciosas as mostras instaladas no Mosteiro de Santa Maria da Flor da Rosa, no Crato, agora remodelada, que revisita peças ímpares de estatuária medieval do MNAA, e no Museu Municipal de Faro, com uma exposição sobre o tema da paisagem, composta por uma criteriosa escolha de obras da coleção do MNAA.
No Museu de Leiria releva-se um conjunto de cerâmicas de produção oriental e vidros espanhóis, lembrando a tradição vidreira da Marinha Grande. Igualmente evocativa de uma herança artística regional, dá-se destaque, no Museu Tavares Proença Júnior, à arte dos tecidos, com peças de paramentaria religiosa e uma colcha setecentista de Castelo Branco.
Complementar os acervos e a vocação temática dos museus que se associaram a esta iniciativa foi também uma das ideias que presidiu à implementação do «MNAA está aqui»: no Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, em Vila Viçosa, o seu importante núcleo de armaria; no Museu de Aveiro, a pintura religiosa proveniente de conventos femininos; na igreja do Castelo de Palmela, a representação escultórica da figura tutelar de São Tiago.
Pretendendo-se alargar este programa de parceria a todo o território, contemplaram-se finalmente o Paço dos Duques de Bragança, de Guimarães (pintura e mobiliário), o Museu de Angra do Heroísmo, ilha Terceira (pintura), e o Palácio de São Lourenço, Funchal (porcelana chinesa).
Lista de instituições no projeto «MNAA ESTÁ AQUI/MNAA IS HERE»:
- Museu do Abade de Baçal, Bragança
- Paço dos Duques de Bragança, Guimarães
- Museu de Aveiro
- Museu de Leiria
- Museu Francisco Tavares Proença Júnior, Castelo Branco
- Igreja de Santiago do Castelo, Palmela
- Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, Crato
- Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, Vila Viçosa
- Museu Municipal de Faro
- Museu de Angra do Heroísmo, ilha Terceira (Açores)
- Palácio de São Lourenço, Funchal (ilha da Madeira)
Sobre o Museu Nacional de Arte Antiga
Criado em 1884, o MNAA-Museu Nacional de Arte Antiga alberga a mais relevante coleção pública do país: pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão – desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como «tesouros nacionais», assim como a maior coleção de mobiliário português. São também de grande relevância no acervo, nos diversos domínios, algumas obras de referência do património artístico mundial, não só na pintura, mas também no âmbito das suas coleções de ourivesaria, cerâmica, têxteis, vidros e ainda desenhos e gravuras. No acervo do MNAA, destacam-se os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I e datada de 1506, os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença dos portugueses no Japão, Tentações de Santo Antão, de Bosch, exemplo máximo da pintura flamenga do início do século XVI, São Jerónimo, de Dürer, inovadora representação do Santo, e importantes obras de Memling, Rafael, Cranach ou Piero della Francesca. Destaque ainda para a Baixela Germain, um impressionante serviço de mesa do século XVIII, encomendada por D. José I à famosa oficina parisiense de Thomas Germain, o ourives de Luís XV de França.
Site oficial: www.museudearteantiga.pt

