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O último alexandrino

A obra reunida de K. P. Kaváfis, o mais traduzido dos poetas gregos, chega-nos agora com mais de uma centena de textos inéditos em Portugal.

K. P. Kaváfis, poeta nascido na então cidade grega de Alexandria, terá agora a sua obra completa traduzida em português, incluindo os poemas em prosa, inglês, repudiados, outros não publicados e esboços fragmentários, reconhecendo e encerrando um esforço que vinha sendo feito desde os anos 70, com as primeiras traduções de Jorge de Sena. Aquele Belo Rapaz, que agora inclui mais de uma centena de textos inéditos em Portugal, reúne ainda um generoso conjunto de notas que contextualizam a obra de um poeta entre o erotismo e o passado histórico. Pela mão do tradutor José Luís Costa, é-nos assim dada a ver a mestria desse «último alexandrino», como o apelidou Ungaretti.

«À semelhança de um aedo ou um tragediógrafo da Grécia Antiga, num movimento cumulativo, o corpus desta poesia exprime, à medida que terminamos de o ler, uma totalidade que estabelece a sua própria coerência. Não uma coerência feita do tipo de rigidez que excluiria as muitas contradições que tornam uma vida um local plenamente habitado. Essa expressão, “um local plenamente habitado”, talvez seja uma boa definição desta poesia», resume a poeta e classicista Tatiana Faia, no posfácio a esta obra.

Aquele Belo Rapaz já se encontra em pré-venda e chega às livrarias a 13 de novembro de 2025, pela Assírio &Alvim, uma chancela do Grupo Porto Editora.

SOBRE O LIVRO
Aquele Belo Rapaz 
Autor: K. P. Kaváfis
Tradução: José Luís Costa
Posfácio: Tatiana Faia
N.º de Páginas: 560
PVP: 22,00 €
Coleção: documenta poetica

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SOBRE O AUTOR

K. P. Kaváfis
Foi um poeta nascido em 1863 em Alexandria, Egito, filho de mercadores abastados originários de Constantinopla. A família muda-se, após a morte do pai, para Liverpool, em Inglaterra, onde vivem durante cinco anos. De regresso a Alexandria, Kaváfis aí permaneceria o resto da vida, com a exceção de algumas viagens e uns anos em Constantinopla. Trabalhou, durante mais de três décadas, como funcionário dos serviços de irrigação da cidade, posto discreto e monótono. Os seus poemas circularam, primeiro em jornais e revistas, entre um grupo restrito de amigos e admiradores. É apenas em 1904, contava Kaváfis quarenta e um anos, que um grupo de catorze dos seus poemas aparecem editados pela mão do autor. No entanto, a publicação seria alargada, modificada, revista, num processo contínuo nos anos consecutivos, em pequenos cadernos ou folhas soltas distribuídos pelo próprio ou amigos do círculo íntimo, contendo sempre os mesmos poemas: primeiro ordenados por tema, depois por cronologia e acrescidos com algumas dezenas. Nos seus últimos anos circulavam três destes conjuntos, aos quais se acrescentaria uma composição inédita para perfazer os 154 poemas do cânone (publicados em 1935). Após ser diagnosticado com cancro da laringe, perderia a voz, comunicando apenas por sinais e notas rabiscadas em dezenas de papelinhos. Até que veio a morrer na cidade que sempre foi a sua, no dia do seu aniversário, a 29 de abril de 1933.
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