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Carla Pais vence o Prémio LeYa 2025

Com o original A Sombra das Árvores no Inverno, Carla Marisa Pereira Vieira Pais é a vencedora do Prémio LeYa 2025. Foi esta a deliberação do júri, perante os seis finalistas, seleccionados entre os 1460 candidatos, que fizeram desta a edição mais concorrida de sempre do Prémio LeYa.

A decisão, por unanimidade, foi anunciada esta manhã, na sede da LeYa, em Alfragide, onde o júri, presidido por Manuel Alegre, esteve reunido na tarde de ontem e na manhã de hoje até chegar ao veredicto agora revelado. Os jurados Josélia Aguiar, do Brasil, e Lourenço do Rosário, de Moçambique, participaram nas reuniões à distância através de ligação online.

Carla Pais, que concorreu sob o pseudónimo de Aníbal Correia, sucede assim a Nuno Duarte, o premiado em 2024, com o romance Pés de Barro, tornando-se na segunda autora, depois de Gabriela Ruivo Trindade, em 2103, a vencer o Prémio LeYa.

A Sombra das Árvores no Inverno será publicado, com a chancela da LeYa, nos primeiros meses de 2026.

A justificação do júri
«O júri atribuiu por unanimidade o Prémio LeYa 2025 ao romance A Sombra das Árvores no Inverno de Carla Pais. Com grande elegância de escrita, a autora traz, ao curso do enredo e ao trajeto íntimo e social das personagens, situações problemáticas e convulsas de candente atualidade na Europa, sobretudo decorrentes da imigração oriunda de África e do Próximo Oriente – e oscilantes entre a integração e a rejeição.

Mas tudo surge numa ficção de envolvente dialética entre a dor da perda e o amor, memória e esquecimento, luto e revivescência, solidão e aconchego familiar, bem como numa dicção cativante da relação poética de cada ser humano com o mundo e consigo mesmo, à procura do seu lugar na vida.»

Sobre a autora    
Carla Pais, nascida em 1979, é natural da freguesia de Regueira de Pontes e reside atualmente em França.

Autora do romance Mea Culpa, finalista do prémio APE 2018, tem sido premiada nos vários géneros literários, nomeadamente na poesia onde venceu a primeira edição do prémio de poesia Francisco Rodrigues Lobo com a obra A Instrumentação do Fogo.

O seu último romance, Um Cão Deitado à Fossa, foi galardoado com o prémio Cidade de Almada 2018 e o prémio SPA  para o melhor livro de ficção narrativa 2023.

Júri
O júri do Prémio LeYa, presidido por Manuel Alegre, é constituído por José Carlos Seabra Pereira, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal), Isabel Lucas, jornalista e crítica literária (Portugal) Lourenço do Rosário, antigo Reitor da Universidade Politécnica de Maputo (Moçambique), Ana Paula Tavares, poeta e historiadora (Angola) e Josélia Aguiar, jornalista e historiadora (Brasil). 

Sobre o Prémio LeYa
Com características únicas pela sua especificidade, o Prémio LeYa foi criado em 2008 com o objetivo de distinguir um romance inédito escrito em língua portuguesa.

Com o valor de 50 mil euros, é o maior prémio literário para romances inéditos.

Ao longo de todo o processo de leitura e avaliação, a autoria dos romances é desconhecida.

O título do livro vencedor, e respetivo autor, selado num sobrescrito, apenas é conhecido depois de tomada a decisão do júri.

O Prémio LeYa, cumprindo um dos objetivos que esteve na base da sua criação, tem possibilitado à LeYa a descoberta de novos autores e a sua promoção nacional e internacional.

O Prémio LeYa já consagrou 14 romances e permitiu a publicação de 40 inéditos.

Desde que foi criado, em 2008, esta foi a edição mais concorrida de sempre do Prémio LeYa.

Foram recebidos 1460 originais, provenientes de 22 países, assim distribuídos: Brasil (933), Portugal (416), Moçambique (31), Angola (26), Alemanha (19), Cabo Verde (5), França (4), Bélgica (3), Espanha (3), São Tomé e Príncipe (3), Canadá (2), Polónia (2), Reino Unido (2), Suécia (2) e Suíça (2), EUA (1), Guiné Equatorial (1), Guiné-Bissau (1), Itália (1), Noruega (1), Países Baixos (1) e Paraguai (1).

Pela terceira vez consecutiva a submissão de originais a concurso foi exclusivamente feita através de uma plataforma digital criada para esse efeito.

Dos 1460 candidatos ao Prémio LeYa 2025, foram selecionados 6 finalistas, cujos títulos e pseudónimos serão publicados, ainda hoje, no site da LeYa.

Anteriores premiados
O Rastro do Jaguar, Murilo Carvalho – 2008
O Olho de Hertzog, João Paulo Borges Coelho – 2009
O Teu Rosto Será o Último, João Ricardo Pedro – 2011
Debaixo de Algum Céu, Nuno Camarneiro – 2012
Uma Outra Voz, Gabriela Ruivo Trindade – 2013
O Meu Irmão, Afonso Reis Cabral – 2014
O Coro dos Defuntos, António Tavares – 2015
Os Loucos da Rua Mazur, João Pinto Coelho – 2017
Torto Arado, Itamar Vieira Junior – 2018
As Pessoas Invisíveis, José Carlos Barros – 2021
A Arte de Driblar Destinos, Celso Costa – 2022
Não há Pássaros Aqui, Victor Vidal – 2023
Pés de Barro, de Nuno Duarte – 2024

Em 2010, 2016 e 2019 o júri optou não atribuir o Prémio LeYa, por entender que nenhum dos candidatos correspondeu “à importância e ao prestígio” do prémio, e em 2020 o concurso foi suspenso devido à epidemia da COVID-19. 

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