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Carlos Relvas (1838-1894). Vistas inéditas de Portugal

Esta exposição teve como ponto de partida um projeto de investigação (CICANT— Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias) dedicado ao estudo da fotografia estereoscópica de Carlos Relvas e à sua importância nos primeiros anos da atividade deste fotógrafo, entre 1862 e 1874.

Carlos Relvas com Margarida Amália Relvas e familiares no primeiro estúdio fotográfico, Golegã] 1867-1869

27 Set a 20 Jan 2019

Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Rua Capelo, 13 1200-444 Lisboa


Carlos Relvas é um dos fotógrafos amadores mais reconhecidos na história da fotografia portuguesa do século XIX.

Este é um dos períodos menos conhecidos da fotografia de Carlos Relvas. Para o seu estudo foi decisivo o cruzamento das imagens do arquivo da Casa-Estúdio Carlos Relvas com as coleções de cinco instituições e de vários particulares, revelando um conjunto considerável e inédito de provas originais em albumina. Este ambicioso levantamento permitiu a redescoberta de retratos e de vistas de Portugal que testemunham uma prática rigorosa de diferentes técnicas, géneros e formatos fotográficos, dando uma configuração mais ampla e dinâmica ao primeiro período da obra fotográfica de Carlos Relvas.

Organizada em dez núcleos principais, a exposição destaca a primeira presença de Carlos Relvas na exposição da Sociedade Promotora de Belas Artes em 1868 e a sua internacionalização com a participação nas exposições de alguns dos principais salões fotográficos europeus, como a reputada Société Française de Photographie, a Exposição Universal de Viena ou a Exposição Nacional de Madrid.

A partir do seu trabalho deste período é possível aprofundar algumas das questões fundamentais da fotografia portuguesa de oitocentos e revelar novas facetas da mesma. Como as relações de cumplicidade de Carlos Relvas com alguns dos mais importantes pintores deste período, permitindo delinear, pela primeira vez, a natureza do diálogo entre a fotografia e a pintura do século XIX português. Ou a predominância nos salões da fotografia patrimonial e de paisagem enquanto meio privilegiado de divulgação do país, através de uma prolífica produção que se centrará nalguns dos locais de eleição do Romantismo português e noutros que se tornam símbolos patrimoniais de identidade nacional.

A exposição consagra ainda um importante destaque ao exímio fotógrafo retratista através de uma análise da evolução desta tipologia no seu percurso, desde o primeiro estúdio ainda improvisado até à sofisticação técnica e arquitetónica do segundo, um dos raros estúdios de fotografia do século XIX construído de raiz, e ainda preservado na sua terra natal da Golegã.

A investigação de um autor e de uma época, uma vez mais com o apoio do MNAC-MC, na produção e divulgação de projetos inéditos para o conhecimento da história da fotografia em Portugal.

Curadoria: Victor Flores, Ana David Mendes, Denis Pellerin e Emília Tavares 

Atividades

2018-10-18 18h30
Visita Guiada por Ana David e Victor Flores
2018-10-27 14h00
Esqueça as Selfies, Venha Tirar um Retrato!
 
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