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Teatro

FAUSTO > mala voadora

Para celebrar os 25 anos do CCB a mala voadora vai fazer um espetáculo grandioso. Tão grandioso que nele se investirá todo o Orçamento de Estado. Tão grandioso que Portugal inteiro estará presente para cantar os parabéns.

5 Dez a 8 Dez 2018

Centro Cultural de Belém
Praça do Império, 1449-003 Lisboa


Fausto
 é um espetáculo que trata da relação entre a ambição artística e a sustentação material dessa ambição, e que se referencia na alegoria da «venda da alma ao diabo» como recurso para a concretização de grandes ambições. Será realizado como site-specific por ocasião do 25º aniversário do CCB. 

A ideia é fazer um espetáculo que seja uma grande obra-prima, espantoso, monumental, avassalador, e, para financiar um trabalho que possa permitir-nos alcançar esse resultado, começamos por contar com a confiança do CCB. Ao fim de pouco tempo contudo, ela vai revelar-se insuficiente. Mas o CCB vai juntar-se a nós e, juntos, vamos levar a cabo uma eficaz operação de captação de financiamento estatal.

Primeiro junto do Ministério da Cultura, e depois de outros: a Defesa, a Saúde, a Justiça, a Administração Interna, os Negócios Estrangeiros... E para negociar, temos de oferecer contrapartidas. O Exército instala uma base aérea no edifício, estrategicamente localizado junto ao Tejo e à Residência do Presidente da República. Constrói-se o quarto módulo do CCB e dá-se guarida aos militares. É sabido que os militares gostam de libertinagem nos momentos de ócio e os artistas são conhecidos por serem libertinos, bate tudo certo. Ouve-se o barulho dos aviões e há cenas de sexo no espetáculo. Os doentes sem cama nos hospitais são integrados como figurantes, em camas confortáveis. Abre-se uma Pousada de Portugal, e os bares são entregues a pequenas e médias empresas. O espetáculo torna-se uma bomba mediática. A RTP muda os estúdios para o CCB. Pessoas ligadas ao espetáculo começam a ser assassinadas por grupos de contestação, ou são raptadas para que possam servir como moeda de troca para que o raptor possa ter um papel. Os tribunais mudam-se para dentro do espetáculo para garantir a lei. A polícia quer ver-se representada, e os presos têm acompanhar os polícias para que possam ser vigiados. Aos poucos, todo o Orçamento do Estado é absorvido por este projeto artístico, que acaba por transformar-se numa representação global do país.

O texto será escrito por Jorge Andrade. Convidámos Sérgio Martins e Rui Lima para uma incursão por um universo operático, e para comporem música para ser interpretada ao vivo por uma orquestra. A cenografia será um novo Portugal dos Pequenitos, mas dando agora aos monumentos portugueses a escala monumental que eles merecem, e que em Coimbra não encontraram, e pensando também na nova dimensão turística dos ex-líbris. Teremos dezenas de figurantes, alguns vindos das marchas populares, que serão coreografados por Fernando Santos, aka Deborah Kristall. O projeto será desenvolvido em diálogo com a dupla catalã Mont de Dutor em residência na mala voadora. Enfim, a encenação de Jorge Andrade será como uma grande orquestração de tudo isto, à imagem da gestão de um país! – mala voadora

5, 6 e 7 dez às 21h  •  8 dez às 16h  •  Grande Auditório

texto e direção Jorge Andrade com assistência de Maria Jorge . com Anabela Almeida, Carla Bolito, David Pereira Bastos, Isabél Zuaa, João Vicente, Jorge Andrade, Manuel Moreira, Marco Mendonça, Maria Ana Filipe, Mónica Garnel, Tânia Alves, Vítor d’Andrade, Coro Menor (Alda Martins, Alexandre Fernandes, Ângela Cerveira, António Câmara Manuel, Cláudia Borges, Cláudia Brito, Elsa Bruxelas, Fernanda Oliveira, Francisco Duarte, Hugo Bernardo, Inês Rapazote, Isabel Duarte, Isabel Novais, João Ogando, João Regal, Lúcia Pais, Lucy Evangelista, Luís Baptista, Luísa Campos, Manuel Duarte, Manuel Madruga, Maria do Carmo Pinto Coelho, Maria José Campos, Marta Vassalo, Mimi Tavares, Patrícia Raposo, Pedro Lourenço, Ricardo Correia Afonso, Rita Máximo Pestana, Rita Tovar, Teresa Boieiro, Teresa Coelho, Tiago Lourenço, Vera Moreira), G.D.C. Besclore, e ainda Alexandre Moraes, Ana Carina Paulino, Ana Plantier, António Agostinho, Bárbara Bruno, Bernardo Lacerda, Carla Silva, Carlos Vaz, Daniela Serra, Eunice Rocha, Eva Dória, Fátima Barreto, Federica Fiasca, Franz Buhr, Gabriela Passos dos Santos, Gisela Casimiro, Gonçalo Ferreira, Isabel Passos Sousa, Isaías Viveiros, Joana Pialgata, João Malhado, José Matos de Oliveira, Pedro Galhardo, Pedro Rodrigues, Pedro Russo, Ricardo Antunes, Rita Martins, Rui Santos, Yana Loginova e Yu Lin Humm . cenografia José Capela com fotografias de José Carlos Duarte e edição de imagem de António MV . execução da cenografia Josué Maia, NG5 e Origami Produções . figurinos José Capela com assistência de JFD Ideas and Details . luz Daniel Worm D'Assumpção . banda sonora Rui Lima e Sérgio Martins . vídeoOther Features com realização de João Gambino . coreografia Fernando Santos . imagem de divulgação António MV . vídeo de divulgação Jorge Jácome e Marta Simões . fotografia de cenaJosé Carlos Duarte . direção de produção Sofia Bernardo . produção executiva Luna Rebelo e Mariana Dixe . coprodução Centro Cultural de Belém/mala voadora . residência O Espaço do Tempo . apoio Câmara Municipal de Lisboa, Ginásio Clube de Odivelas – Secção de Andebol, Hospital Garcia de Orta, Marinha Portuguesa, Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, Teatro Experimental de Cascais, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional São Carlos, Universidade Lusófona, World Academy . agradecimentos Banco Alimentar, Casa do Gaiato de Lisboa, Ilídio Silva, Messe de Oficiais do Exército Português, Monte da Videira, Museu Nacional do Azulejo, Arquiteta Paula Silva.  

A mala voadora é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura/DireçãoGeral das Artes e associada d'O Espaço do Tempo.

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