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Exposições

Margens Atlânticas | Exposição de Francisco Vida e Ariel de Bigault

Inserida na Temporada Portugal-França 2022, “Margens Atlânticas” nasce em Lisboa, do encontro entre Francisco Vidal, artista angolano-cabo-verdiano que explora as identidades africanas e diaspóricas, e Ariel de Bigault, autora e realizadora francesa com um longo percurso em Portugal e nos países lusófonos.

17 Set a 29 Set 2022

Espaço Espelho d'Agua
Av. Brasília S/N, 1400-038 Lisboa
Preço
Entrada livre
 
Na sequência de séries como “Black Mamba”, “Tempestade”, “Humans go Home” - variações a partir de temas e/ou figuras – “Margens Atlânticas” é a mais recente série de trabalhos de Francisco Vidal. Inspirado nos filmes de Ariel de Bigault, procura utilizar o desenho e a pintura para explorar momentos, como se de um storyboard “pós-filme” se tratasse. O seu objetivo é “perceber a fronteira entre o filme e o desenho (…) e como esta fronteira se torna uma ponte, uma ferramenta para acabar com os muros.”

Trabalhando em co-autoria no âmbito desta exposição, apresentam diversas instalações, nas quais são integrados múltiplos materiais e recursos audiovisuais: dos trechos de filmes da cineasta e respetivos espaços de visualização, à reprodução de imagens dos mesmos que serão confrontadas com os múltiplos desenhos do artista. No Espaço Espelho D’Água visam recriar personagens e situações: de Grande Othelo, Gilberto Gil e Zeze Motta (Éclats Noirs du Samba, 1987), a Lourdes Van-Dúnem (Canta Angola, 2000), passando por José Eduardo Agualusa e Mariza (Margem Atlântica, 2006) e ainda Fernando Matos Silva e Ângelo Torres (Fantasmas do Império, 2020).

Em comum, F. Vidal e A. De Bigault visam a criação de arquivos de memórias porvir. Consideram que a falta de arquivos afro-lusófonos e afro-europeus impõe a urgência de registos contemporâneos de figuras, atitudes e ideias que nos juntem na construção do presente e do futuro.

Ariel de Bigault, autora e realizadora francesa, tem um longo percurso lusófono. Realizou os seus primeiros documentários em Portugal. Seguiram-se retratos de grandes artistas afro-brasileiros (Éclats Noirs du Samba, 4 x 52'. 1987). Afro Lisboa (1996) e Margem Atlântica (2006) partem ao encontro de africanos que constroem em Lisboa seu espaço e sua identidade. Canta Angola (2000) celebra a música popular em Angola, na época ainda dilacerada pelos conflitos. Contribuiu também para a divulgação na Europa das músicas lusófonas, especialmente de Cabo Verde e de Angola, com diversos discos antológicos. A sua última longa-metragem Fantasmas do Império (2020) explora o imaginário colonial no cinema português desde o início do século XX até hoje.

Francisco Vidal, artista plástico, aborda temas centrados em África e suas diásporas, interrogando narrativas e identidades. Questiona histórias do passado colonial e suas consequências nas sociedades contemporâneas. Com instalações em grande formato, a sua obra sugere influências da pintura moderna e contemporânea, absorvendo também a cultura hip-hop dos anos 80, o graffiti e a arte urbana. Tem desde 2005, exposições individuais e coletivas, não só a nível nacional como internacional. As suas obras estão representadas em coleções públicas e privadas: Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP, Fundação PLMJ, The Scheryn Art Collection (África do Sul), entre outras. Em 2015, fez parte da representação de Angola na 56ª Bienal de Veneza e EXPO 2015 (Milão).

Inaugurado em setembro de 2014, o projeto do Espaço Espelho D’Água em Belém, Lisboa cumprirá o seu propósito. O de evidenciar neste local histórico o lado afetivo da viagem dos portugueses pelo mundo, através da gastronomia, da música e das artes plásticas.

Chega ao fim em novembro, após vários anos a aproximar pessoas e culturas. Recebeu mais de 300 mil pessoas em eventos privados e clientes passantes, e realizou cerca de 300 concertos e mais de 60 exposições. Tendo presente que o mote do projeto tem sido o de, neste local histórico, evidenciar o lado afetivo da viagem dos portugueses pelo mundo, pode concluir-se que o mesmo foi cumprido. Este último ciclo de exposições irá apresentar vários artistas, como poderá ser consultado no calendário abaixo:

3 a 15 de setembro | Jorge Correia | “Vultus Meus”
17 a 29 setembro | Ariel de Bigault e Francisco Vidal | “Margens Atlânticas” (apresentada no contexto da Temporada Portugal-França 2022)
1 a 13 outubro | Luís Jesus | “Memórias de Um Futuro Passado: as Cores São o Que Foram”
15 a 27 outubro | Jonny Páscoa, Igor Costa e Fernandes de Pinho | “Não Temos Aulas Amanhã”
28 outubro a 5 novembro | Lino Damião | “Lândana ao Virei”

EXPOSIÇÃO
ARIEL DE BIGAULT E FRANCISCO VIDAL
“MARGENS ATLÂNTICAS”
17-29 de setembro

INAUGURAÇÃO: 17 de setembro, das 17h – 20h
HORÁRIO: diariamente, das 11h às 00h
PERÍODO: 18 de setembro a 29 de setembro de 2022
Entrada gratuita
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