Apesar de já trabalharem juntos há quase uma década, foi só este ano que o nome Urso Pardo começou a ser conhecido pelo teatro português. Embora tenham já produzido em nome individual vários espetáculos nos últimos anos – Cassiopeia, Minotauro, Lugares#1, se eu não fechar os olhos, Dédalo ou Ariadne –, a verdade é que só este ano decidiram fundar a companhia. A vontade já vinha de trás, mas após dois anos de COVID-19, em que não apresentaram qualquer produção, decidiram que era a altura certa para dar início a esta nova etapa.

Assente sobretudo na dramaturgia de Miguel Graça, que assinou até aqui os textos da companhia, e na partilha de uma ideia de espetáculo em que todos têm o mesmo nível de responsabilidade e de criação, sem uma figura tutelar que define e tem um ponto de vista único sobre uma obra que é criada por muitos, a Urso Pardo é, acima de tudo, uma ideia de partilha, primeiro entre os criadores e depois com o público, utilizando a palavra como principal meio de comunicação e com um olhar atento à vida e ao mundo.

Este primeiro espetáculo, Como Sobreviver a um Acontecimento, é, de certa maneira, a concretização de todos esses pressupostos que já estavam anteriormente delineados mas que agora foram depurados e amadurecidos. Começou por se inspirar numa história real, a de um homem que recebe pizzas à cobrança a meio da noite, pizzas que ele não encomendou, e cresceu para se transformar num objeto artístico criado por várias pessoas que pensam de maneira diferente, que veem o mundo de maneira diferente mas que, juntas, têm uma mesma ideia sobre a arte e sobre o teatro, um lugar de reflexão e de comunicação, que se quer afirmar na cena teatral portuguesa.

Como Sobreviver a um Acontecimento está em cena de 08 a 17 de dezembro (terças a sábados), no Teatro da Politécnica, e conta com a interpretação de David Esteves, Madalena Almeida, Miguel Graça e Pedro Caeiro.

Criação: Urso Pardo Texto e encenação: Miguel Graça Interpretação: David Esteves, Madalena Almeida, Miguel Graça e Pedro Caeiro Desenho de luz: Daniel Worm’Assumpção Cenografia: Rui Casares Figurinos: Mia Lourenço Direção de produção: Cláudia Teixeira Apoio artístico: Guilherme Gomes, Victor Gonçalves Apoios: Escola Profissional de Teatro de Cascais, Teatro Experimental de Cascais Projeto financiado por: Fundação GDA e Fundação Calouste Gulbenkian

Os espectadores podem fazer as suas reservas através da bilheteira dos Artistas Unidos (961 960 281 // bilheteira@artistasunidos.pt), ou comprar os bilhetes na BOL

Horário: Terça a quinta 19h00 // Sexta 21h00 // Sábado 16h00 e 19h00

Duração do espetáculo: 90 minutos 
Classificação etária: M/16