"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Exposições

Holga Méndez - sem distância / falso movimento / variações

Exposição a decorrer na Sala 3 do Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende.

23 Set a 28 Out 2023

Lugar do Desenho — Fundação Júlio Resende
Rua Pintor Júlio Resende 105, 4420-534 Valbom Gondomar
O movimento natural de entrada a uma sala de exposições leva-nos diretamente às salas, passamos pelos espaços sem reparar em eles. Entrei no Lugar do Desenho pela calçada que atravessa o jardim até o átrio no interior do edifício, à frente está a receção, à esquerda a sala de exposições temporárias, à direita, no centro, a escada; se continuo a caminhar pelo átrio, o espaço mostra distintas portas abertas e fechadas, uma delas é a sala3 HISCOX [de repente ouço Hitchcock, o Hitchcock de Rear window ou Vertigo –palavras, imagens e sons], cruzo o quarto até as janelas, olho para o jardim, desando e aparece o piano, um Boston, debaixo das escadas [viajo até uma das galerias em Serralves onde outro piano, um Bechstein, um Prepared Piano (2008) dos artistas Allora & Calzadilla está em exposição – dois pianos em duas pontas do Porto]. O trânsito pelos espaços – jardim átrio sala3 – desenha (compõe esta partitura) a minha proposta para o Lugar do Desenho nesta rentrée outonal, onde a experiência do lugar junto aos limites da própria experiência treinam com o que não vemos ou ouvimos, o que não é visível ou audível, porém está. Uma frágil tentativa de trazer os limites, tornar os contornos, a relação com objetos, matérias, seres vivos, uma questão a pensar. Como artista este é o meu trabalho, olho e sou olhada, penso e sou pensada, imagino e sou imaginada. Tudo acontece nada se passa. Do mesmo jeito que a minha vida não se circunscreve a uma única cidade, o meu trabalho é afetado pelos contextos onde acontece. Tudo conspira e concorre para que a distância desapareça, se torne proximidade. Dentro e fora, pele e parede, ar e hálito, misturam-se. O cristal, a mica, o piano, os espelhos, a luz, o movimento, a respiração –individual e coletiva, mexem e conformam este poema espacial. Aqui e agora, esta é a península que estou a morar, conectada com o outrem –animal, mineral ou vegetal–. Espaços e tempos compartilhados em uma errância vital que nos/me possibilita a conexão/ligação com o mundo.
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