Nascida em S. Miguel, nos Açores, Lena Gal tem feito um percurso com um estilo intimista e muito próprio, sendo a sua obra caracterizada por um marcante simbolismo em que o elemento feminino, na sua relação com a natureza e o mundo, ocupa o papel central.

Esta exposição, constituirá uma fusão de artes onde não há hierarquias entre as diferentes expressões criativas que participarão no evento.

A pintura servirá de cenário a uma performance que envolverá circulação de roupa personalizada, étnica, de causas solidárias, ecológicas; acessórios de moda de material nobre e de matéria-prima comum do dia-a-dia; penteados exóticos, elaborados e que representam o que de mais criativo existe no exercício da atividade de cabeleireiro; atuações através de linguagem mímica e de estátua; declamação de poesia do próprio autor; e desenho do espaço com movimento e pluralidade de cores.

Será a arte em movimento, em que os corpos serão suportes de arte e em que a coreografia da dança, da mímica, das expressões e dos movimentos assentarão na geometria sagrada e nos 4 elementos que compõem a Natureza: água, terra, fogo e ar.

A artista Lena Gal assume não ter relação alguma com o modismo, mas antes com o corpo e o vestir “Para mim, o corpo é a escultura em ação e movimento, expressão viva, é a base do meu trabalho e o veículo que intermedeia a arte e o corpo com uma verdadeira linguagem visual, performance onde apresento vários momentos em que normalmente utilizo o corpo das modelos como suporte para pintura e nas diversas linguagens.”

“É uma enorme honra podermos abrir o nosso espaço a vários artistas, e esta exposição da Lena Gal e do seu coletivo artístico, obviamente, não é exceção! Trata-se de uma autêntica fusão de artes muitíssimo bem conseguida, que vai desde a pintura/têxtil à ourivesaria, design de moda, acessórios, maquilhagem, penteados, não esquecendo de referir a Loja Solidária da Instituição Ajuda de Mãe, que também estará presente. Trata-se, na verdade, de uma oportunidade única de, num só espaço, podermos apreciar uma panóplia de expressões criativas, resultantes do trabalho de diversos artistas cujo talento e originalidade é impossível passar despercebido. De referir, por fim, mas não menos importante, que há em todos os tipos de materiais utilizados uma evidente consciência ecológica, que se baseia numa nova forma de produzir e apreciar arte.” salienta Ana Cantinho, diretora-geral da Beltrão Coelho.