Literatura
Lançamento do livro "Camões: Uma Antologia"
Em Camões: Uma Antologia, Frederico Lourenço propõe uma seleção comentada de alguns poemas centrais da obra lírica de Camões, juntamente com uma amostra abrangente de estâncias do poema épico Os Lusíadas. O comentário procura lançar um olhar novo sobre o modo muitas vezes surpreendente como o poeta usa os modelos clássicos, conciliando crítica textual e literária. Isabel Almeida apresenta a obra.
19 Jun 2024 | 18h00
Biblioteca Nacional de Portugal
Campo Grande, 83, 1749-081 Lisboa
Preço
Entrada livre
Camões: Uma Antologia é uma seleção de passagens d'Os Lusíadas e de poemas extraídos das Rimas de Luís de Camões.
Os textos são acompanhados por um comentário que tem a intenção de ajudar os leitores a enquadrarem a poesia de Camões no contexto literário da sua época. Neste aspeto, assume uma enorme relevância a indagação das fontes clássicas de Camões, uma vez que o autor d'Os Lusíadas era um leitor entusiasta dos poetas romanos Vergílio, Horácio e Ovídio.
Além disso, o comentário procura pôr em relevo as ligações poéticas dentro da própria obra camoniana, enquanto levanta a questão de como ler esta obra ao fim de tantos séculos, dado que a época em que esta poesia nasceu era tão diferente da nossa no que toca aos valores e às crenças.
Em relação a Os Lusíadas, é interessante tentar perceber qual é a atitude do cantor épico em relação à história narrada e em relação aos pressupostos e efeitos da Expansão portuguesa. A ambivalência que alguns estudiosos de Camões têm detetado retoma uma característica que é própria da Eneida de Vergílio.
No que diz respeito às Rimas, o comentário procura afastar-se das leituras biográficas, para se centrar na genealogia literária dos «sentimentos» que Camões encena com insuperável genialidade e credível verosimilhança.
Isabel Almeida apresenta a obra.
Os textos são acompanhados por um comentário que tem a intenção de ajudar os leitores a enquadrarem a poesia de Camões no contexto literário da sua época. Neste aspeto, assume uma enorme relevância a indagação das fontes clássicas de Camões, uma vez que o autor d'Os Lusíadas era um leitor entusiasta dos poetas romanos Vergílio, Horácio e Ovídio.
Além disso, o comentário procura pôr em relevo as ligações poéticas dentro da própria obra camoniana, enquanto levanta a questão de como ler esta obra ao fim de tantos séculos, dado que a época em que esta poesia nasceu era tão diferente da nossa no que toca aos valores e às crenças.
Em relação a Os Lusíadas, é interessante tentar perceber qual é a atitude do cantor épico em relação à história narrada e em relação aos pressupostos e efeitos da Expansão portuguesa. A ambivalência que alguns estudiosos de Camões têm detetado retoma uma característica que é própria da Eneida de Vergílio.
No que diz respeito às Rimas, o comentário procura afastar-se das leituras biográficas, para se centrar na genealogia literária dos «sentimentos» que Camões encena com insuperável genialidade e credível verosimilhança.
Isabel Almeida apresenta a obra.
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