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Encontros

Visitas orientadas por artistas

O Programa Educativo Anozero Solo Show’25 propõe uma visita orientada com a artista Inês Moura à exposição «A Fábrica das Sombras», sexta-feira, 16 de maio, às 16h.

16 Mai 2025  |  16h00

Mosteiro de Santa Clara-a-Nova
Calçada Santa Isabel, 3040-270 Coimbra
Preço
Entrada livre
Janet Cardiff e George Bures Miller são os artistas escolhidos para a edição de 2025 do solo show, exposição monográfica que o Anozero promove entre bienais. Os artistas, que vivem e trabalham no Canadá, são reconhecidos internacionalmente pelas suas instalações sonoras multimédia imersivas e pelas suas caminhadas áudio/vídeo.

Em Coimbra, apresentam mais de uma dezena de obras que poderão ser visitadas no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, entre 5 de abril e 5 de julho. A Fábrica das Sombras é o título da exposição que tem curadoria do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC). Destaca-se a primeira apresentação fora dos Estados Unidos de The Infinity Machine e a exibição do multicelebrado Forty Part Motet.

A expor pela primeira vez individualmente em Portugal, Janet Cardiff e George Bures Miller são, nas palavras de Carlos Antunes, diretor do Círculo, «dos mais significativos herdeiros de uma certa ideia wagneriana de obra de arte total — Gesamtkunstwerk —, aqui despojada de qualquer pretensão de exuberância visual operática».

Usando poucos recursos cenográficos — mesas, cadeiras, altifalantes, colunas, espelhos, livros, instrumentos musicais, televisores e outros dispositivos tecnológicos antigos —, a sua obra reclama a atenção de todos os sentidos do espectador, e fá-lo em particular a partir das capacidades escultóricas do som. A Fábrica das Sombras é, para Carlos Antunes, «a espoleta para a revisitação das nossas memórias individuais e coletivas».

Na presença da complexa história e significado arquitetónico do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, espaço de matriz religiosa transformado em quartel militar e em sede do Anozero – Bienal de Coimbra, A Fábrica das Sombras procura enunciar pistas de leitura deste conjunto monástico, ressignificando a obra dos artistas e o próprio espaço. A presença desta dupla de artistas neste edifício emblemático consolida-o como lugar central para a inscrição da arte contemporânea em Portugal e na Europa.

«Coletivos, públicos e comunidades», eixo conceptual deste programa, parte de uma visão geral da trajetória dos artistas Janet Cardiff & George Bures Miller, assim como das tendências dos artistas contemporâneos pelo coletivo, pelas comunidades e pela ação dos públicos nos seus trabalhos. Estes elementos ficam explícitos na própria obra de Cardiff & Miller, que convoca práticas multidisciplinares, culturais e artísticas próprias do cinema, do teatro, da música ao vivo e de outras artes.
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