Esta exposição contempla um conjunto de dez  esculturas cerâmicas de grande formato, realizadas por dez artistas-escultores-ceramistas (Heitor Figueiredo, Virgínia Fróis, Diogo Rosa, Carlos Ribeiro, Sandra Borges, Fernando Sarmento, Elsa Gonçalves, Stefania Barale, Izilda Gallo e Maya Fernandes Kempe) em várias residências artísticas realizadas na casa das talhas do Oleiro José Miguel Figueiredo, mestre da técnica das talhas, técnica artesanal e que também vai participar na exposição com uma talha da sua autoria.

No Convento de Cristo, a “sala das talhas”, coloca-nos perante magníficos exemplares onde eram guardados alimentos que produziam e que exportavam certamente. Nessa sala o expectador conecta-se com esse tempo fundacional, do povoamento do território e da passagem de conhecimento.

Sendo a cerâmica uma área tecnológica milenar, nas últimas décadas tem vindo a ganhar cada vez mais visibilidade na arte contemporânea e tem despertado o interesse de um número crescente de criadores, assim como o património edificado é também uma fonte de referências e relações inesgotável.

No seguimento das exposições efetuadas em Tomar “Os Sítios de …”, constatámos o interesse de alguns ceramistas na execução de objetos escultóricos de grande dimensão, recorrendo ao processo tradicional das talhas - a técnica do rolo. Esse processo relativamente fácil para os ceramistas, reveste-se de grande complexidade quando a escala dos objetos aumenta.

A importância que o trabalho cruzado que os artistas possam fazer a partir destes patrimónios, das relações estabelecidas pela arte no sentido do futuro e de nestes territórios se manter viva a relação profunda com o barro, matéria que continua a ter significado na identidade de Tomar.

Esta exposição é o evento principal da programação do projeto, aprovado pela DGArtes.

A exposição inaugura dia 7 de junho, às 17 horas e estará patente de 1 de junho a 30 de setembro.