Dança
Na nova coreografia de Né Barros, os corpos tentam resistir ao medo e à previsibilidade da catástrofe
Em Esta Hora de Espanto, a nova criação em tom de “coreodrama” de Né Barros, inspirada numa ficção escrita por Tiago Mesquita Carvalho, a coreógrafa continua a explorar a ideia de “catástrofe” para questionar os limites do corpo.

19 Jun a 22 Jun 2025
O nosso mundo está velho e atrás da linha do horizonte espreita um futuro previsível de catástrofe e apocalipse. Que tipo de resistência pode o corpo oferecer contra esta realidade turbulenta? O que pode a dança diante da aguda consciência da extinção? Inspirada numa ficção escrita por Tiago Mesquita Carvalho, Esta Hora de Espanto é a nova criação em tom de “coreodrama” de Né Barros.
Partindo das ideias de medo, imprevisibilidade, perigo e radicalidade das catástrofes, sejam elas interiores ou exteriores, a coreógrafa reflete sobre o corpo na paisagem e como paisagem, questionando os seus limites. Retoma ainda algumas noções já experimentadas em Lastro (2015), peça coreográfica em que os movimentos dos corpos criavam um lugar em mudança feito de memória. Alguns anos depois, chegou a hora do espanto.
Esta Hora de Espanto é uma produção do Balleteatro em coprodução com o TNSJ, com interpretação de Afonso Cunha, Deeogo Oliveira, Beatriz Valentim, Joana Africano, Marta Almeida, Rafael Ferreira e Vivien Ingrams, e música ao vivo de João Miguel Simões.
Estreia-se a 19 de junho no Teatro Carlos Alberto, no Porto, onde se apresenta até 22 de junho. À quinta-feira e ao sábado as sessões são às 19h00, à sexta-feira às 21h00 e ao domingo às 16h00. Os bilhetes têm o custo de 12 euros.
Mais informações em tnsj.pt/estahoradeespanto.