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Várias maneiras de aproveitar o verão na cidade

Com a cidade a aquecer, é tempo de aproveitar a cultura ao ar livre. Em julho, o Museu de Lisboa preparou um programa com o melhor que as artes e o património têm para oferecer, a céu aberto.

"Olhó gelado", Fotografia de autor desconhecido  Séc. XX - 2.ª metade, Museu de Lisboa/MC.FOT.3559

2 Jul a 31 Jul 2025

Lisboa

No mês em que começa a maratona dos festivais de música, o Museu de Lisboa preparou um programa a pensar especialmente nos resistentes que se mantêm em Lisboa, por enquanto. E nos que visitam a cidade nesta época estival.

Em julho, as ruínas do Teatro Romano de Lisboa serão ocupadas com teatro clássico e música. Entre os dias 2 e 26 de julho, o palco mais antigo de Portugal, recebe Clitemnestra, tragédia grega encenada por Claudio Hochman, com interpretação de Patrícia Modesto, Ana Marta Kaufmann e Sofia Leão. De quarta a sábado, às 21h, este espetáculo revisita a história de luta, de poder e de sobrevivência, sobre uma mulher complexa e forte, que conspira devagar para vingar as injustiças da sua vida e dos que lhe são próximos.

Esta é uma Clitemnestra em versão musical, «na qual se conta a versão mais trágica da história de Clitemnestra, mas sempre com um toque de humor. Ou seja, é uma tragicomédia porque, o teatro, como a vida, não é só tragédia ou só comédia. Há momentos para tudo», refere o encenador. Para contar a história desta personagem Claudio Hochman escolheu três atrizes cantoras. «Três mulheres que, apesar de serem completamente diferentes, não só em termos físicos mas também de formação musical conseguem alcançar uma harmonia», não só nas músicas que cantam, a capella, como na interpretação das 28 personagens que assumem durante o espetáculo, com a preciosa ajuda das máscaras criadas por Carlota Blanc.

No final do mês, a 31 de julho, às 18h, Elisabetta Marcora (voz), André Parafina (guitarra) e Marian Yanchyk (violino) marcam presença na tradicional Hora de Baco, um tributo ao deus romano Baco com música ao vivo e uma taça de vinho, no terraço do Museu de Lisboa - Teatro Romano.

Nos jardins do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, os programas Sol & Pimenta e Alval'arteoferecem momentos de descontração entre a sombra das árvores, com música ao vivo. O Sol & Pimenta propõe dois encontros ao final do dia, em torno do lago das sereias. Entre o jazz, o soul, os blues e a bossa nova, o concerto das Double Take Duo, no dia 5, às 17h30, e o dj set do Clube do cool e da cafeína, no dia 12, à mesma hora, proporcionam dois finais de tarde arejados.

Por seu turno, em mais um ano de parceria com a Junta de Freguesia de Alvalade, o Alval'arte traz ao relvado do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta os incontornáveis Capitão Fausto, no dia 18 de julho, às 19h, e o swing dos Dixie Gang, na sexta-feira seguinte, dia 25 de julho, à mesma hora. Dois programas de música ao vivo, num ambiente descontraído e de entrada gratuita.

Para os que preferem fugir ao calor, para dentro de espaços frescos, o Museu de Lisboa - Palácio Pimenta inaugura uma surpresa dentro da sua exposição permanente no dia 10 de julho, às 18h, destacando três obras da pintora Lucília de Brito, correspondentes a diferentes fases da sua carreira. Casal Vistoso (1970), A Feira da Ladra (1992) e Noite de Verão (1992) salientam paisagens geográficas e emocionais menos representadas na historiografia lisboeta e relembram o importante contributo de mulheres artistas para a história da arte portuguesa e para a história da cidade.

As três obras do acervo do Museu de Lisboa estarão expostas no circuito da exposição permanente do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta até ao final do ano.

Por outro lado, Once Weapon a Time, uma exposição a solo do escultor Frederico Ferreira (FRED), propõe um percurso que vai para lá do Museu de Lisboa - Fábrica de Moagem, estendendo-se a todo o espaço do Beato Unicorn Factory/Beatro Innovation District. Até 21 de setembro, esta exposição explora os conceitos da identidade individual e coletiva utilizando um imaginário visual bélico onde a tensão, o conflito e a destruição atuam como catalisadores do ato criativo. A exposição estará encerrada entre o dia 1 de agosto e o dia 4 de setembro.

Mesmo a terminar o mês de julho, no dia 30, é inaugurada a instalação artística Quando o objeto transcende a função. Cadeiras intemporais num teatro romano, do artista Antoine Breton, no sítio arqueológico do Museu de Lisboa - Teatro Romano.

Entre o teatro, a música e as artes plásticas, não faltam maneiras para aproveitar o verão na cidade.

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