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Palestra • O que é um doce conventual?
Mitos e factos na construção de um storytelling turístico e gastronómico.

31 Jul 2025 | 18h30
A promoção turística e comercial dos doces conventuais tem explorado narrativas sobre o génio criativo das freiras, que, enclausuradas, criavam iguarias à base de gemas, açúcar e amêndoa. Receitas secretas, como a "barriga de freira" e o "papo de anjo", seriam símbolos de um erotismo implícito que encantava a sociedade devota.
No entanto, pesquisas históricas mais recentes mostram que a doçaria conventual não tinha características únicas em comparação com a produção doméstica ou comercial. O uso de ingredientes e receitas não era restrito aos conventos, nem havia uma intenção comercial clara. Foi só no século XIX que a "doçaria conventual" começou a ser associada à imagem simbólica e identitária que conhecemos hoje.
Portanto, o que é um doce conventual? De facto, existe uma "doçaria conventual" em Portugal? Estas questões serão abordadas nesta comunicação.
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