Festivais
Millennium Festival ao Largo 2025
Prosseguindo uma tradição iniciada há 16 anos, o OPART, E.P.E. apresenta mais uma edição do Millennium Festival ao Largo, um evento ímpar na aproximação da dança e da música clássica ao público da cidade de Lisboa, agora com energia renovada e espetáculos em estreia absoluta.

4 Jul a 28 Jul 2025
Entre 4 e 28 de julho convocam-se, em exclusivo, os agrupamentos artísticos do OPART: o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, os bailarinos e bailarinas da Companhia Nacional de Bailado e os jovens do já icónico programa dos Estúdios Victor Córdon – Território.
Num ano de celebração do V centenário do nascimento de Camões, partimos da sua rica e variada obra literária, fonte de inspiração inesgotável para tantas autoras e autores, desde o seu tempo até aos nossos dias. Uma obra que convida a leituras, revisitações, criações e interpretações, quer na música, quer na dança, acentuando a universalidade da sua linguagem.
Na música, a poesia camoniana estará presente em obras de Fernando Lopes-Graça e Luís de Freitas Branco, que integram os programas inaugurais do Festival, nos dias 4 e 5 de julho respetivamente. No primeiro dia, o Coro masculino e uma formação orquestral de sopros e metais interpretam um excerto de Sete predicações de «Os Lusíadas», peça extraordinariamente atual, em que dos dez cantos da epopeia, o compositor extrai passagens nas quais o poeta medita sobre os males do mundo. No dia seguinte,o Coro feminino interpreta Madrigais Camonianos, uma evocação das conhecidas obras de Freitas Branco.
A ópera terá, em 2025, uma presença mais relevante, desde logo através da apresentação de Aida, de Giuseppe Verdi, e de Thaïs, de Jules Massenet, ambas em versão de concerto. Dois grandes títulos líricos, com árias e coros muito populares, e elencos internacionais de grande qualidade, que nos acompanharão nas noites de 15 e 16, e 26 e 28 de julho, respetivamente.
Entre ambos os títulos, trazemos ao Largo um programa de Grandes Coros de Ópera, que tem sido apresentado em vários locais do país e que fará da noite de 18 de julho uma grande festa da ópera, com holofotes centrados no nosso Coro e Orquestra. No dia 19, dando continuidade à novidade introduzida no ano passado, faremos do Largo uma grande sala de cinema com a projeção de La bohème, mais uma grande ópera, na encenação de Emilio Sagi que a RTP gravou em São Carlos em 2022.
A Companhia Nacional de Bailado (CNB) apresenta nos dias 10, 11 e 12 de julho, às 22h, um programa duplo que ilustra o desafio e a vivacidade que a dança nos pode oferecer. Quatro Cantos num Soneto é uma nova criação de Fernando Duarte, em conjunto com as bailarinas Ana Lacerda, Inês Amaral, Isabel Galriça e Paulina Santos, inspirada na obra de Luís de Camões. A esta estreia junta-se Stravinsky Violin Concerto, de George Balanchine, obra que entrou para o repertório da CNB em fevereiro deste ano.
Criada sobre a partitura musical de Igor Stravinski, Stravinsky Violin Concerto teve a sua estreia absoluta em 1972, pelo New York City Ballet. Este bailado abstrato presta homenagem à tradição do ballet russo, codificada num estilo neoclássico, muito próprio de Balanchine. «É a mais visual das composições musicais que Balanchine alguma vez coreografou», disse a crítica de dança Nancy Goldener (New York Times).
Quatro cantos num soneto parte do universo dialogante da performance, poesia e música, com textos de Luís de Camões e música de John Dowland, Diego Pisador e música ibérica do século XVI. Esta é uma nova peça em formato de co-criação com bailarinas da CNB, sob coordenação artística de Fernando Duarte, onde serão acompanhadas por música, vozes e palavras que modelam os seus próprios gestos e corporificam a memória e a contemporaneidade de Camões.
No dia 12 de julho, a Companhia Nacional de Bailado convida jovens dos 8 aos 13 anos e famílias a participarem num atelier de dança inspirado no universo lírico de Camões. Com concepção, coreografia e orientação de Sílvia Santos, e co-orientação de Filipa Pinhão, Epopeia…? Rima com Baleia! promete embalar os participantes numa epopeia sem fim onde, através das personagens, a palavra escrita se transforma em movimento(s) dançado(s). O atelier conta com um momento de performance pelos bailarinos da CNB, Emma Sicilia, Mar Escoda e Gonçalo Andrade, um momento de perguntas & respostas e outro de experimentação e dança pelos participantes.
Ainda na Dança, nos dias 22 e 23 de julho, às 22h00, apresentamos a 8ª edição do Território, um programa dos Estúdios Vítor Córdon dedicado a jovens bailarinos, com idades entre os 14 e os 18 anos e que anualmente acolhe coreógrafos(as) de relevância internacional. A edição deste ano traz ao palco a remontagem de Smokey Sarah (2014) do coreógrafo Marco Goecke, e uma nova criação do coreógrafo Nadav Zelner, 13 Pombos.
Marco Goecke, coreógrafo presente nas mais importantes companhias de dança, é portador de uma linguagem que desconstrói uma certa ideia de vocabulário estabelecido, determinando na sua prática corpos altamente treinados. Com isto, abre-se um caminho para um léxico surpreendentemente inesperado, exato e desprovido de elementos decorativos. Já com Nadav Zelner, coreógrafo em rápida ascensão, os intérpretes terão a oportunidade de experienciar um processo de procura intenso, cruzando várias áreas da criação artística, e que refletirá uma visão de um gesto coreográfico em profunda mudança, em resposta às rápidas e dramáticas transformações do mundo em que vivemos.
Esta edição contará ainda com um filme realizado por Alexia Fernandes, vencedora do prémio Território | Estúdios Victor Córdon na categoria de Melhor Realizador Português do InShadow — Lisbon ScreenDance Festival 2024.
A programação é assinada pela Comissão Artística do Teatro Nacional de São Carlos (João Paulo Santos – coordenação –, Antonio Pirolli e Giampaolo Vessela), Fernando Duarte (Diretor Artístico da Companhia Nacional de Bailado) e por Rui Lopes Graça (Diretor dos Estúdios Victor Córdon). O Millennium bcp é o patrocinador principal do Festival, renovando assim o desígnio partilhado de alargar a oferta de programação nas áreas da música erudita e da dança junto dos públicos.
O Millennium Festival ao Largo mantém intacto o objetivo de proporcionar espetáculos acessíveis e gratuitos à população, no cumprimento da missão que tem guiado o Festival desde a sua primeira edição.
Dando seguimento às novidades de 2024, para além dos espetáculos, mantemos a projeção de ópera e a realização de ateliers para famílias, neste caso, dedicados à exploração da dança.
Por tudo isto, transformamos o Largo no espaço da celebração de um génio que foi quase tudo quanto um homem podia ser no tempo em que viveu. Um local de pontes e ligações artísticas. Um regresso ao lugar de sempre, ao Largo de São Carlos, um Largo de Criatividade.
PATROCÍNIO RENOVADO
Iniciada em 2014, a parceria entre o OPART, E.P.E, e o Millennium bcp tem-se consolidado e renovado ininterruptamente, sempre na condição de patrocinador principal do Millennium Festival ao Largo.
Com a edição de 2025, conclui-se o atual ciclo contratual, pelo que ambos acordam e a anunciam a extensão da parceria para os anos de 2026 e 2027, renovando assim o trabalho conjunto em prol da fruição da cultura, da música e da dança por parte do público, assim pela afirmação da centralidade destas expressões artísticas na vida da cidade.
Saiba mais em www.festivalaolargo.pt