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Exposições

"TERCEIRO ROUND", Atelier Contencioso

A Galeria Monumental tem o prazer de receber o Terceiro Round, exposição organizada pelo Atelier Contencioso, patente de 3 de julho a 2 de agosto de 2025.

3 Jul a 2 Ago 2025

Galeria Monumental
Campo dos Mártires da Pátria, 101, 1150-227 Lisboa
Preço
Entrada livre
Terceiro round é o terceiro capítulo da série de exposições iniciada em Mano-a-Mano (Galeria das Águas Livres, 2019) e continuada em Battle Royale (BAG – Banco das Artes, 2022).

Este projecto parte da analogia entre o ringue — o espaço de combate — e o espaço pictórico, na possibilidade de este poder ser entendido enquanto jogo, segundo a definição de Roger Caillois. À semelhança de um tabuleiro de jogo, uma pintura — e em particular a pintura modernista, que, na sua busca de pureza e autonomia, elegeu o quadrado branco como limite lógico e disciplinar — é um espaço física e temporalmente delimitado, sujeito a regras próprias, válidas apenas no seu perímetro interno.

Abrangendo diversos media, os trabalhos de Ana Velez, Joana Gomes, Maria Sassetti e Xana Sousa desenvolvem uma ideia da pintura em campo alargado, enquanto recuperam elementos do repertório formal modernista: a grelha, a monocromia, as shaped canvases, a repetição e progressão serial. Porém, ao contrário da busca de pureza e autonomia que orientou o projecto modernista, a prática destas artistas caracteriza-se pela procura deliberada de impureza e contaminação.

Terceira iteração em torno do conceito, Terceiro Round introduz novos elementos ao mesmo tempo que estabelece ligações a momentos anteriores, aprofundado a analogia entre pintura e combate que é fundada na manualidade e sua acção transformadora. 

A exposição estará patente até dia 2 de agosto e pode ser visitada no horário da Galeria Monumental.

Sobre o Atelier Contencioso:
O Atelier Contencioso é o espaço de trabalho de três artistas, Ana Velez, Joana Gomes e Maria Sassetti. Fundado em Fevereiro de 2015, também com Xana Sousa, está actualmente situado no Hangar (Lisboa) e nasceu da necessidade comum de encontrar um espaço de trabalho e das cumplicidades e paralelismos na produção pictórica.

As obras que têm vindo a ser desenvolvidas, quer enquanto intervenção artística conjunta ou exposição colectiva, partem de um pensamento site-specific, considerando o lugar com as suas especificidades, apresentando-se como um desafio para as artistas e uma mais-valia para o espaço que as acolhe. Contudo, esta ideia do “lugar” como centro do trabalho não compreende na totalidade a complexidade do trabalho desenvolvido. Contribuindo com quatro corpos de trabalho distintos é emprestado a cada projecto comum uma multiplicidade de conceitos e referências que respondem, por vezes, também a comissões específicas.

Sobre as artistas:
Ana Velez nasceu em Lisboa, Portugal, em 1982. Vive e trabalha em Lisboa e Madrid (Espanha). Licenciou-se em Artes Plásticas - Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (Portugal) e pela Accademia Albertina delle Belle Arti di Torino (Itália), em 2007. Concluiu o seu Mestrado em Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (Portugal) em 2011. A sua actividade tem sido marcada por exposições individuais e colectivas no âmbito institucional, mas também por projectos colectivos de arte urbana.

No seu trabalho plástico estabeleceu o desenho como ferramenta direccional, indagando sobre as suas múltiplas possibilidades de deslocação material, o que a levou a desenvolver também o seu trabalho no espaço público. Neste realizou uma série de intervenções pictóricas sobre edifícios deteriorados ou já desaparecidos. Aborda temáticas que giram em torno do conceito de identidade, baseando-se em três conceitos, o lugar, a memória e o corpo, e ressaltando o lugar como contentor da memória e identitário.

Joana Gomes (1986, Portugal). Artista, trabalha no Atelier Contencioso em Lisboa. Realizou a Licenciatura e o Mestrado em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Trabalhou em museus e galerias como assistente de produção e guia de museu, nomeadamente, na Galeria Baginski e no MUDE. Estagiou no Carpe Diem – Arte e Pesquisa. Actualmente, coordena o Serviço Educativo do Museu da Carris. Paralelamente, dá formação de Desenho, Pintura e Vestuário na Odd School. Participou em publicações e ciclos de conferências, mencione-se a publicação Investigação nas Artes - Oscilação dos métodos, cord. Fernando Rosa Dias e José Quaresma, Universitas Olisiponensis e FCT. Co-fundadora do Colectivo Tempos de Vista projecto de programação cultural site specific, activo desde 2008. Expõe nacional e internacionalmente desde 2008.

Maria Sassetti nasceu em Lisboa, em 1986. Tem Atelier em Lisboa. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, prosseguiu a sua formação em Londres, no Chelsea College of Art and Design. Desde 2008, participou em várias exposições, em projectos individuais, colectivos e co autorais, desenvolvendo obras principalmente sobre papel, que se focam na ideia de fragilidade, vulnerabilidade, repetição e no gesto do corpo sobre o suporte. Co-fundou e Integra, desde 2015, o Atelier Contencioso com o qual participou em intervenções de grande escala no espaço público, nomeadamente as obras (2024) D. Dinis e D. Sancho I, Quinta da Fonte, Oeiras; (2021) Jacarandá, Sofitel, Lisboa; (2020) Damasco Prateado, Livensa Living, Lisboa; (2016) Mamba de Jameson, Pensão Amor, Lisboa.

Xana Sousa vive e trabalha em Lisboa, Portugal. É licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, em 2008, e mestre em Criação Artística: Realismos e Contextos pela Faculdade de Belas-Artes de Barcelona, em 2010. Desenvolve o seu trabalho nos campos do desenho e da pintura, fazendo intervenções sobre papéis, tecidos e objetos antigos, baseando o seu processo na relação entre sujeito, objeto e espaço, interligados pelo conceito de memória. Co-fundadora da Associação Entornos, em 2024, e actualmente a desenvolver o projecto de criação e implementação de uma Xiloteca na Casa do Jardim da Estrela, numa parceria estabelecida com a Rede de Bibliotecas e a Câmara Municipal de Lisboa.

Co-fundou o Atelier Contencioso com quem partilha a autoria das intervenções artísticas Jacarandá, Sofitel Lisbon Hotel ‘21; Sopro, Museu Berardo ‘21; Damasco Prateado, Livensa Living ‘20; Mamba de Jameson, Pensão Amor ‘16 e Rio Maravilha, LxFactory ‘15.
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