Exposição de João Cutileiro na Appleton revela obras raras e iniciais do escultor, focadas na morte e finitude, com materiais e temas diversos.
10 Jul a 31 Jul 2025
Appleton - Associação Cultural
R. Acácio de Paiva 27 r/c, 1700-004 Lisboa
Preço
Entrada livre
Sem ensejo historiografico, a exposição de João Cutileiro, na Appleton, reúne sobretudo obras de inicio de carreira do escultor (pré-mármore), grande parte delas inéditas (ou, de um modo ou de outro, em relativo anonimato). Não se tratando propriamente de um levantamento daquilo que na obra do artista teve lugar em Londres entre 1955 e 1969, esta exposição inclui um conjunto de trabalhos desenvolvidos ao longo desta primeira (e de outras) fases, que dificilmente se integram no universo (ou na ideia totalizante) do trabalho de João Cutileiro. Sempre tão plural, extenso e diverso: sempre tantas coisas e nunca apenas uma só.
Túmulos, figuras mortas, esqueletos, gárgulas; ferro, gesso, fibra de vidro, bronze. Por sorte que as obras aqui apresentadas sejam, antes de tudo o mais, catalisadoras (com corpo) de exame próprio: da finitude e esquecimento; da morte e do fúnebre; da carne e da ferida; do nó e da fenda. Obras portanto ostensivas e disposicionais; possíveis, quiçá, frutos de espanto, a mais epistémica das nossas disposições.
Depois de ter emocionado o Festival de Cannes onde conquistou a Palm Dog, "O Processo do Cão", comédia original, escrita, realizada e protagonizada por Laetitia Dosch, estreia a 10 de julho nas salas de cinema. Findo o passatempo, anunciamos aqui os nomes dos vencedores!