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Exposições

Hilda

Na exposição Hilda, a artista Lúcia Prancha apresenta um conjunto de obras que mergulham nos territórios do corpo, do desejo e da linguagem, criando um campo fértil de diálogo entre escultura, literatura e pensamento crítico.

10 Jul a 26 Out 2025

Pavilhão Branco
Jardim do Palácio Pimenta, Campo Grande, 1700-091 Lisboa

A escolha do título remete de forma directa para a escritora e poeta Hilda Hilst (1930–2004), cuja obra transgressora, introspectiva, densa e radical serve aqui como eixo simbólico e afectivo para a pesquisa artística proposta por Lúcia Prancha.

A prática da artista é profundamente enraizada na literatura e no estudo de arquivos. Essa relação com os textos e os vestígios do passado manifesta-se na obra através de múltiplos suportes e materiais, como filmes, tecidos, cabelos, objetos de natureza diversa. Cada obra parece carregar em si uma corporeidade vibrante, ecos, delírio, rigor, uma camada de história ou um fragmento de discurso interrompido.

Elas não são apenas matéria moldada, mas uma linguagem capaz de evocar o erotismo, o disforme e o desejo de maneira vívida e irónica. Capazes de articular tensões entre identidade e normatividade, de as abordar como possibilidade estética e política e de questionar ideias estabelecidas sobre o belo, o completo e o funcional.

Em Hilda, Lúcia Prancha cria um espaço de ressonância, onde as palavras de Hilst tornam-se matéria para o gesto escultórico e fílmico: roçam o poético, o indecifrável, o corpo do outro.

Antonia Gaeta (curadora)

Conversa com a artista Lúcia Prancha e a crítica literária Eliane Robert Moraes sobre a relação do trabalho da artista, com a vida e obra da escritora brasileira Hilda Hilst (1930-2004): dia 10 de julho, às 17h.

Horário: Terça a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h

Fonte: AgendaLX
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