Passeios e Visitas
Biografias Transatlânticas • Entre Saias e Gáles
Corpos Dissidentes no Atlântico Negro: Vitória do Benim e Francisco Manicongo.

27 Set 2025 | 15h00
Museu de Lisboa - Palácio Pimenta
Campo Grande, 245 – 1700-091 Lisboa
«Biografias Transatlânticas» é um programa de visitas à exposição permanente do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, seguidas de uma conversa em torno da escravatura, a inquisição e a religiosidade. A terceira sessão propõe uma imersão crítica nas vidas de pessoas negras escravizadas, perseguidas pela Inquisição portuguesa por transgressões de género.
Foram selecionados dois casos do século XVI, o de António (ou Vitória), pessoa negra escravizada em Portugal, natural do Reino do Benim, e o de Francisco Manicongo, pessoa negra escravizada no Brasil, natural do Reino do Congo. Ambos afirmaram identidades de género femininas. Condenados por sodomia, uma categoria que à época abrangia comportamentos sexuais e de género considerados desviantes, estes indivíduos foram alvos de punições severas por expressarem identidades fora da norma colonial e cristã.
Ao dar visibilidade a estas histórias silenciadas, convidamos à reflexão sobre os mecanismos históricos de controle dos corpos racializados e dissidentes. Através de fontes inquisitoriais e investigações contemporâneas, a atividade oferece um espaço para discutir as intersecções entre racismo, colonialismo e transfobia, destacando como resistências de género estavam presentes nas trajetórias de pessoas escravizadas e continuam a ressoar nas lutas atuais por memória e reparação histórica.
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Foram selecionados dois casos do século XVI, o de António (ou Vitória), pessoa negra escravizada em Portugal, natural do Reino do Benim, e o de Francisco Manicongo, pessoa negra escravizada no Brasil, natural do Reino do Congo. Ambos afirmaram identidades de género femininas. Condenados por sodomia, uma categoria que à época abrangia comportamentos sexuais e de género considerados desviantes, estes indivíduos foram alvos de punições severas por expressarem identidades fora da norma colonial e cristã.
Ao dar visibilidade a estas histórias silenciadas, convidamos à reflexão sobre os mecanismos históricos de controle dos corpos racializados e dissidentes. Através de fontes inquisitoriais e investigações contemporâneas, a atividade oferece um espaço para discutir as intersecções entre racismo, colonialismo e transfobia, destacando como resistências de género estavam presentes nas trajetórias de pessoas escravizadas e continuam a ressoar nas lutas atuais por memória e reparação histórica.
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