O mundo hoje em dia parece estar mais repleto de disparates do que de bom senso. Em vez de se concentrar numa questão política em específico, a exposição concentrar-se em mergulhar numa realidade agitada do quotidiano. À primeira vista, as esculturas podem parecer chamativos letreiros de
néon, logótipos e placas de empresas. Mas são feitas de barras de aço resistentes, dobradas à mão, soldadas e envernizadas. Parecem suaves e leves, mas não brilham como os letreiros de néon verdadeiros. Estas esculturas, bem como os tapetes tufados pendurados na parede, estão ao mesmo tempo a deturpar e a prestar homenagem à história da arte e à cultura popular. A maioria das obras tem um toque humorístico, com nuances ligeiramente desagradáveis. Ao brincar com os logótipos, símbolos e trocadilhos familiares, é uma tentativa honesta de abrir um espaço mais amplo para o pensamento e para a reflexão.

“A obra de Sara Korshøj Christensen transpira a sua alegria de pensar em profundidade, mas em paralelo, a sua recusa em entregar-se a respostas fáceis para as múltiplas questões prementes do nosso tempo presente. Em alternativa, apresenta as suas obras lúdicas em técnica mista e convida-nos a decifrar os significados rigorosamente distorcidos das imagens quotidianas e das metáforas políticas, assim como de questões perturbadoras – como a violência doméstica, as crises ecológicas, a liderança egocêntrica implacável e a nossa própria autoindulgência consumista.”

O excerto do texto do catálogo de Gaby Hartel, escrito em 2023 para uma exposição anterior: Let´s Begin…With a Break, na Galleri K, Oslo, também se encaixa perfeitamente para resumir o esquema da primeira exposição individual de Christensen na Galeria NAVE. It’s True… I Dreamt It Myself!

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