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Torres Vedras acolhe filme sobre Eduardo Gajeiro

No âmbito da exposição Pela lente da Liberdade, o auditório do Edifício Paços do Concelho de Torres Vedras irá acolher, de forma gratuita, no dia 5 de agosto pelas 17h00, a exibição do filme As Coisas Não São Feitas Por Acaso, sobre Eduardo Gajeiro.

5 Ago 2025  |  17h00

Paços do Concelho de Torres Vedras
Praça do Município, 2560-303 Torres Vedras
Preço
Entrada livre

Um filme de Tiago Cravidão que faz parte do projeto "Ontem e Hoje: as imagens de abril".

Trata-se de um dos projetos apoiados pelo concurso Cinema Pela Democracia, promovido pela Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, em parceria com o Instituto de Cinema e do Audiovisual e o Fundo de Fomento Cultural, para promover projetos artísticos cinematográficos e audiovisuais que apelam à comemoração dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974, e à reflexão sobre a sua relevância na construção da democracia.

Este projeto é organizado pela Casa da Esquina e dinamizado por Rita Sousa Rêgo e Tiago Cravidão. 

Sinopse do filme:

"Estamos ao lado de Eduardo Gageiro quando o major Pato Anselmo lhe aponta a sua Walther de 9mm. Mas é Gageiro que dispara, fixando para sempre a última ameaça da ditadura portuguesa que, segundos depois, e bem à nossa frente, se rende a Salgueiro Maia obrigando-o a morder o lábio para não chorar.

São agora os bancos de madeira do elétrico 28 que nos transportam. Alfama, o Tejo, Campo de Ourique, Martim Moniz: é a preparação do próximo livro de Eduardo Gageiro. Aqui, constatamos a passagem da doença, e vamos assistindo ao ato fotográfico que das imagens quotidianas depura sínteses de vida. Presenciamos a espera, a escolha, o corpo em esforço para fixar a imagem imaginada. Matéria e ideia condensadas ao abrir do obturador. Gestos que este fotojornalista ensaia há mais de 65 anos.

Mas Eduardo fotografa ainda, é presente, atual, vivo e por isso, ao lado da grande escala, assistimos às sessões fotográficas na humilde e lotada mesquita da Mouraria, nos desgrenhados cabeleireiros para negros do Martim Moniz, e nas desarrumadas das lojas chinesas. “O dia-a-dia que soletramos sem dar por isso”, escreve o amigo José Cardoso Pires. Fragmentos unidos em torno do ponto de vista que este projeto, que durou cerca de 5 anos, foi instalando.

É este o olhar do filme sobre Eduardo Gageiro. Um filme que parte das histórias de duas imagens e que as cruza com a da preparação do seu último livro. Um filme que mostra como o olhar profundamente português deste fotógrafo viu as transformações em Portugal, e no mundo, nos últimos 60 anos. Um olhar que imaginou e que por isso viu e fotografou: o beijo de Dona Maria ao cadáver de Salazar em 1970, o rapto dos Israelitas nos jogos Olímpicos de 1972, o momento decisivo da revolução de 1974, e as sedutoras revelações dos retratos de 1995. Um olhar que na precisão científica de Álvaro Cunhal só pode ter origem num “observador atento e incansável que, com talentosa criatividade, não só colhe, como cria a imagem e com ela interpreta a pessoa e o acontecimento."

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