A observação das telas do Jorge Santos leva-nos à total abstracção do quotidiano, transportando-nos para um nível de sensibilidade extrema. Não são raras as vezes em que procuramos descobrir quais os sentimentos, as emoções que estarão por detrás do turbilhão de cores, dos contornos, dos relevos que, conjugados, se oferecem perante nós cheios de vida, sob a forma de arte para os sentidos.

É o modo como utiliza a cor e como recorre à matéria e às texturas, que atribui às suas telas um carácter único que nos cativa e nos faz sentir diversas sensações, às quais é difícil ficarmos indiferentes.

A diversidade nos seus trabalhos, as várias técnicas que utiliza e a pluralidade de materiais que incorpora são o reflexo da busca incessante por novos desafios.

O facto de ser autodidacta, dá-lhe outra liberdade, não consumando as suas obras com base na teoria outrora apreendida, mas nas experiências que a vida até hoje lhe proporcionou.