Formação
Uma vista da Torre de Babel: as línguas e os sistemas escritos da Ásia
Curso online, organizado pelo Centro Nacional de Cultura e coordenado por João Pedro Oliveira, a decorrer entre 17 de outubro e 28 de novembro de 2025

17 Out a 28 Nov 2025
O leitor experiencia agora um exemplo de uma capacidade humana extraordinária, na qual raramente pensamos: a linguagem, a capacidade de transmitir uma ideia de uma mente solitária para outras mentes.
O continente asiático alberga algumas das culturas civilizacionais mais antigas e ricas da história. Foi lá que se desenvolveram várias das principais famílias linguísticas e dos sistemas de escrita mais utilizados no mundo. Como as espécies biológicas, as línguas organizam-se em famílias: irmãos e primos que divergiram com o passar do tempo, mas que remontam a um mesmo ancestral. Além disso, os seres humanos viajam, entram em contacto com línguas e sistemas de escrita diferentes, influenciando-os e sendo influenciados. Embora estejamos habituados a considerar as línguas estrangeiras e os sistemas de escrita distantes como algo estranho ou ininteligível, eles são, do ponto de vista histórico e conceptual, muito mais próximos entre si do que à primeira vista parece. Todos respondem à mesma necessidade fundamental: como transmitir uma ideia de uma mente para outra?
Em Uma vista da Torre de Babel: Línguas e sistemas de escrita da Ásia, iremos explorar como, ao longo da história da Ásia, surgiram e se disseminaram diversas línguas, bem como as estratégias criativas encontradas pelos seus falantes para as registar por escrito.
Sabia que existem crioulos portugueses, não apenas em África, mas também no Sri Lanka, na Malásia e na China? Que ninguém usa o árabe padrão em conversas do dia-a-dia? Que o hebraico é o único grande exemplo de uma língua morta que foi plenamente ressuscitada? Que o turco consegue condensar numa única palavra o que, em português, requereria uma frase inteira? Que o persa, sendo uma língua indo-europeia, está estruturalmente mais próxima do português do que do árabe? Que, em hindi, as vogais podem ser escritas à esquerda, à direita, acima ou abaixo da consoante? Que as línguas das Filipinas e da Indonésia (com excepção da Papua) derivam de uma família com origem em Taiwan? Que o “chinês” não é uma língua, mas uma série de dialectos, alguns deles completamente ininteligíveis entre si? Que o sistema coreano procura refletir graficamente a posição da língua dentro da boca ao articular os sons? E que o japonês recorre a três alfabetos diferentes, misturados, para escrever a sua língua?
Neste curso, responderemos a estas e muitas mais questões. Assim, talvez possamos deixar de viver cada um isolado na sua ilha linguística e, do alto da Torre de Babel, alcançar uma vista mais ampla e esclarecida sobre o que nos une na diversidade.
1ª sessão: Línguas e sistemas de escrita do Próximo Oriente antigo.
2ª sessão: Línguas e sistemas de escrita do Médio Oriente.
3ª sessão: Línguas e sistemas de escrita do subcontinente indiano.
4ª sessão: Línguas e sistemas de escrita do sueste asiático.
5ª sessão: Línguas e sistemas de escrita do extremo Asiático.
6ª sessão: Língua e nacionalismo nos contextos asiáticos.
7ª sessão: Língua e globalização nos contextos asiáticos.
Coordenação: João Pedro Oliveira
Horário: sextas-feiras; das 18h30 às 20h00 – online
Duração: 7 sessões; de 17 de outubro a 28 de novembro
Preço: sócios CNC 175€ | não sócios CNC 210€
Todas as sessões do curso serão gravadas e disponibilizadas aos participantes inscritos, no canal Youtube do CNC.