«A morte, à meia-noite, toca uma dança – zig e zig e zag – na sua rabeca», fazendo erguer dos túmulos esqueletos tilintantes numa celebração macabra; é o mote deste Concerto de Halloween repleto de histórias arrepiantes.

No poema sinfónico A bruxa do meio-dia, Antonín Dvorák recria um mito eslavo, onde o destino trágico de uma criança desobediente ganha vida através dos timbres da orquestra. Segue-se a célebre Danse macabre, de Camille Saint-Saëns, numa primeira versão para voz que narra um baile macabro no cemitério, recriada a seguir apenas pela orquestra. De lá descemos a uma tenebrosa caverna onde, na ópera Macbeth, Giuseppe Verdi nos mostra bruxas em torno de um caldeirão, cozinhando feitiços ao som do coro «Tre volte miagola la gatta in fregola». No clímax deste concerto, o próprio diabo toma a palavra com Mefistófeles, no tango sombrio Seid nüchtern und wachet, da Faust Kantate, de Alfred Schnittke.

Ficha Técnica
Meio-soprano Cátia Moreso
Contratenor Jan Wouters
Tenor Marco Alves dos Santos
Baixo Christian Luján
Direção musical José Eduardo Gomes
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular Giampaolo Vessella
Orquestra Sinfónica Portuguesa 
Concerto apresentado por Sónia Silva
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos

Programa
Antonín Dvorák (1841-1904) A bruxa do meio-dia
Camille Saint-Saëns (1835-1921) Danse macabre para voz e orquestra
Camille Saint-Saëns Danse macabre, op. 40 – Poema sinfónico
Giuseppe Verdi (1813-1901) Tre volte miagola la gatta in fregola da ópera Macbeth
Alfred Schnittke (1934-1998) Seid nüchtern und wachet da Faust Kantate

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