Exposições
"Má como as Cobras" de Maria Inês Gomes
Uma exposição sobre o feminino, em que se questionam estereótipos e se brinca com o obsceno.

27 Set a 2 Nov 2025
ACERT
Rua Dr. Ricardo Mota, 14, 3460-613 Tondela
Preço
Entrada livre Em “Má como as cobras” constrói-se um lugar de encontro para o marginal.
Exaltam-se palavras, reúnem-se figuras e personagens, constroem-se e destroem-se narrativas, questionam-se estereótipos, brinca-se com o obsceno, evoca-se aquilo que se fala entre dentes, expurgam-se males, atira-se mais lenha para a fogueira, pergunta-se: como é que há julgamentos que perduram tanto tempo?
Aqui uma acumulação simbólica de personagens desafia a criação de um olhar inverso. Abrem-se possibilidades de confronto entre crenças e normas sociais, questionando as suas origens e consequências, num exercício de retorno histórico e social.
Na maioria das crenças e superstições populares, a figura feminina aparece frequentemente representada num amplo espetro de dualidades e binómios que se fundem. É alvo de abjeção e simultaneamente sinónimo de tentação, abrindo espaço para se representar como uma figura proibida, amplamente sexualizada e por consequência altamente pecadora.
A figura da bruxa é o expoente de uma visão construída sobre o corpo feminino, produto de uma misoginia acumulativa, fruto de séculos de exclusão social, convenções e normas castradoras da emancipação feminina. Nesta exposição faz-se, assim, uma reflexão sobre a diabolização feminina.
A galeria da ACERT surge como um palco para um conjunto de trabalhos que, partindo da iconografia religiosa e pagã, constroem uma conexão com o território em que se insere a partir da sua história e tradição, tirando partido de um repertório contaminado pelo imaginário popular.
Esta exposição é sobre as crenças que habitam em cada um de nós e o reflexo da exclusão que provém de uma dualidade de diálogos que se ouvem em cada esquina, sempre que alguém diz: “Ela é má como as cobras”.
Exaltam-se palavras, reúnem-se figuras e personagens, constroem-se e destroem-se narrativas, questionam-se estereótipos, brinca-se com o obsceno, evoca-se aquilo que se fala entre dentes, expurgam-se males, atira-se mais lenha para a fogueira, pergunta-se: como é que há julgamentos que perduram tanto tempo?
Aqui uma acumulação simbólica de personagens desafia a criação de um olhar inverso. Abrem-se possibilidades de confronto entre crenças e normas sociais, questionando as suas origens e consequências, num exercício de retorno histórico e social.
Na maioria das crenças e superstições populares, a figura feminina aparece frequentemente representada num amplo espetro de dualidades e binómios que se fundem. É alvo de abjeção e simultaneamente sinónimo de tentação, abrindo espaço para se representar como uma figura proibida, amplamente sexualizada e por consequência altamente pecadora.
A figura da bruxa é o expoente de uma visão construída sobre o corpo feminino, produto de uma misoginia acumulativa, fruto de séculos de exclusão social, convenções e normas castradoras da emancipação feminina. Nesta exposição faz-se, assim, uma reflexão sobre a diabolização feminina.
A galeria da ACERT surge como um palco para um conjunto de trabalhos que, partindo da iconografia religiosa e pagã, constroem uma conexão com o território em que se insere a partir da sua história e tradição, tirando partido de um repertório contaminado pelo imaginário popular.
Esta exposição é sobre as crenças que habitam em cada um de nós e o reflexo da exclusão que provém de uma dualidade de diálogos que se ouvem em cada esquina, sempre que alguém diz: “Ela é má como as cobras”.
Maria Inês Gomes
Maria Inês Gomes (Tondela, 2000) é uma artista plástica que reside e trabalha atualmente no Porto. É Mestre em Artes Plásticas - Desenho pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde também se licenciou no ramo de Pintura.
O seu trabalho é multidisciplinar cruzando as artes plásticas e as artes performativas, explorando ligações entre o feminino, a iconografia, a religião, o misticismo e as marionetas.
Expõe regularmente o seu trabalho em galerias, museus e espaços culturais, como o Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende, Árvore – Cooperativa de Atividades Artísticas, Casa da Imagem e Espaço Corpus Christi.
Desde 2015, que mantém uma relação ativa com as artes cénicas, participando regularmente em projetos da ACERT, em Tondela.