Nesta edição, os artistas convidados são Rie Nakajima e Pierre Berthet, duas figuras de referência internacional na cena da arte sonora contemporânea.

Durante uma semana, os artistas irão explorar a paisagem natural e a envolvente acústica da aldeia, num processo de pesquisa e experimentação que culmina a 26 de outubro, com uma apresentação pública. O público será convidado a vivenciar uma instalação performativa onde escultura, som e acaso se entrelaçam.

Colaboram frequentemente, Nakajima e Berthet exploram o som através de objetos que vibram, ressoam e interagem com o espaço e o público de maneiras inesperadas. A sua abordagem conjunta, desafia os limites entre arte, natureza e tecnologia. As suas criações, ao mesmo tempo poéticas e experimentais, revelam a presença de forças invisíveis que nos rodeiam - como a energia dos materiais, os fluxos naturais ou as pequenas alterações do ambiente. A residência será um momento de pesquisa e criação que privilegia o diálogo com o lugar, a improvisação e a escuta sensível.

Rie Nakajima é uma artista japonesa radicada em Londres, cuja prática combina objetos do quotidiano, dispositivos motorizados e elementos escultóricos, criando obras sonoras imersivas que oscilam entre instalação e performance. A sua abordagem aberta ao acaso e à colaboração faz de cada obra uma experiência singular e efémera. Expôs em instituições como a Galeria IKON (Birmingham), Museo Vostell Malpartida (Cáceres), ShugoArts (Tóquio) e Cafe OTO (Londres), e colabora frequentemente com artistas como David Toop, Akira Sakata e Pierre Berthet.

Pierre Berthet, natural de Liège (Bélgica), é músico, compositor e inventor de objetos sonoros. Desde os anos 90, dedica-se à criação de instalações sonoras site-specific, nas quais utiliza materiais como fios de aço, latas e, mais recentemente, plantas secas motorizadas. Explorando a vibração dos materiais e a resposta acústica dos espaços, o seu trabalho propõe uma escuta expandida, onde o som é vivido como matéria física e ressonância ambiental.

A apresentação pública acontece no dia 26 de outubro, e será uma oportunidade para o público mergulhar no universo sensorial e vibratório de dois dos mais inventivos artistas sonoros da atualidade.

Fontes Sonoras é uma iniciativa da Omnichord, com curadoria de Raquel Castro e direção artística de Gui Garrido. As residências promovem a criação de arte sonora em diálogo com a comunidade local e o território natural da Aldeia das Fontes, potenciando novas formas de escuta e relação com o ambiente.

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