Num mundo surreal onde os sonhos se fundem com a realidade, as mulheres navegam num labirinto de desejos e medos, em busca do prazer supremo em meio à incerteza. Através da lente do FOTOPLASTA, as suas almas dualistas são reveladas de forma nítida, refletindo tanto a beleza exterior como a agitação interior. A ambiguidade e o mistério dão vida às fotografias, transformando-as numa narrativa onírica repleta de prazeres sensoriais.

À medida que a fronteira entre a realidade e a ilusão se esbate, a exposição explora a luta pela autodeterminação e pelo sentido da vida. Presas num jogo de luz e sombra, as mulheres personificam a força e a vulnerabilidade, tentadoramente perto do prazer supremo, mas eternamente elusivas. Vislumbramos um universo efémero onde a beleza e o desespero se entrelaçam numa eterna luta pela sobrevivência, refletidos infinitamente nas profundezas das suas almas.

O título, um verso em latim de Virgílio traduzido como "nós damos voltas na noite e somos consumidos pelo fogo", é um palíndromo cativante que pode ser lido em ambos os sentidos, criando uma sensação de movimento circular e infinito. O poeta alude às borboletas nocturnas irresistivelmente atraídas pela chama de um fogo na noite, apenas para serem queimadas.

Na escuridão deste espaço preenchido pela música do SONOPLASTA, as imagens simbolizam o fogo, enquanto vocês, os visitantes, personificam as borboletas nocturnas.

Aproximem-se!

ANTONIO COLOMBINI a.k.a. FOTOPLASTA