Escrita em 1836 e deixada inacabada pela morte prematura do autor aos 23 anos, Woyzeck é considerada uma das peças que anunciam o teatro moderno. Georg Büchner criou nela uma figura inédita: vítima e anti-herói, Woyzeck é um soldado pobre submetido a experiências médicas e humilhações sociais, que carrega o fardo de um mundo em rápida transformação.

Partindo do texto fragmentário do dramaturgo alemão, os auéééu – coletivo artístico formado por Filipe Velez, Frederico Barata, Joana Manaças e Sérgio Coragem – atualizam a tragédia de Woyzeck para a realidade do século XXI, criando em palco “um laboratório científico onde máquinas humanoides obedecem a uma ordem artificial de inteligência que não se rege por valores éticos”. Desenrolando-se num ambiente distópico, a peça procura refletir sobre o esvaziamento do humano num mundo dominado pela inteligência artificial.

Woyzeck é uma coprodução do Teatro Nacional São João, criada em colaboração com a cineasta Manuela Viegas, o escultor Fernando Roussado, o ilustrador Filipe Andrade e o iluminador Daniel Worm d’Assumpção. Está em cena de 23 a 26 de outubro no Teatro Carlos Alberto, com sessões quinta-feira e sábado às 19h00, sexta-feira às 21h00 e domingo às 16h00. Os bilhetes têm o custo de 12 euros.

Mais informações em tnsj.pt/woyzeck.